2020

31.12.20
2020!

O ano que nos testou da forma mais crua que alguma vez podíamos imaginar.

E quando as doze badaladas tocaram e delineamos novas metas e objetivos estávamos longe de imaginar que  este ano seria tão atípico.

Um ano diferente, que nos testou, de grandes ensinamentos, que nos tirou muito, mas que também nos deu tanto.

O ano não começou da melhor maneira, onde sofri uma queimadura de segundo grau, que me levou às lágrimas e que me fez desejar ter dez filhos seguidos sem epidural tais as dores que senti.

O ano que nos obrigou a ver a vida tal como ela é, sem grandes floreados. Onde por momentos deixou de existir o rico ou o pobre, o preto ou branco. Percebemos que naquele momento éramos todos vulneráveis e que afinal o dinheiro apenas tem a importância que lhe damos, pois se não houver saúde, por mais dinheiro que se tenha, de nada vale.

O ano em que fomos obrigados a viver dentro das nossas casas e a viver em exclusivo para os nossos filhos. 

E não tirando as dificuldades todas que isso implicou, foi a maior oportunidade que o mundo nos podia ter dado. Talvez tenhamos perdido (muito) dinheiro mas os nossos filhos ganharam algo que nunca será mensurável: a nossa presença! Já nós ganhamos o privilégio de cozinharmos para eles, de lhes ensinarmos e de estarmos com eles sem olharmos para o relógio.

O ano que nos mostrou quem queremos realmente ao nosso lado, que nos permitiu não fazer fretes, que nos deu liberdade para escolher sem ressentimentos.

Porque os que gostamos verdadeiramente, continuámos a cuidar, a apoiar e amar mesmo à distância.

O ano em que mesmo com uma pandemia pelo meio voltei a conquistar uma amizade levada por mal entendidos à sete anos.

O ano em que a nossa família ficou mais pobre com a perca da minha avó e dos avós do meu marido. 

O ano em que me entreguei a um projeto que me é tão querido. O Desenvolve-T. Ali abracei famílias de braços abertos, chorei as suas dores mas vivi as suas vitórias como minhas. O ano em que o Desenvolve-T cresceu mesmo no meio de tanta adversidade.

O ano em que o meu coração parou de bater, quando vi o Tomás a ir, para um bloco operatório. 

O ano em que o meu marido mostrou que não existe amor maior que o de um pai para o filho quando tatuou uma cicatriz tal como a do Tomás para que ele nunca se sentisse sozinho.

O ano em que ganhei e que perdi! Não foi um ano para esquecer, mas sim um ano que será sempre lembrado de forma diferente.

O ano que nos mostrou as maiores fragilidades. E que nos fez valorizar o que de facto importa.

Um ano promissor que nos fez desejar tantas vezes que acabasse.

O ano 2020 que ficará para a história do planeta terra!

Sendo que amanhã quando acordarmos continuaremos a viver o rescaldo de 2020.

Podia desejar muito para este novo ano, mas os meus desejos não vão além de esperança, amor e saúde! É apenas isto que vos desejo 💗

Sendo que o melhor ainda está para vir...

Look 
Calções e Fofo | Mary Tale
Camisola | Chicco
Gola | Maria Costura 
Carneiras e meias | Pés de Cereja 




As minhas receitas do Natal

28.12.20

Tenho por hábito fazer todos os doces de Natal, não que tenha alguma coisa contra quem os compre mas das memórias que mais tenho presente da minha infância, era de acordar e ver, a minha mãe, avó e tia de mangas arregaçadas a bater massas e quero muito que esta tradição se mantenha na nossa família.

Hoje sou eu que assumi o lugar da cozinha juntamente com a minha avó e mãe.

Não que as receitas tenham algum segredo mas o amor que é depositado a cada massa batida faz com que os nossos doces sejam maravilhosos.

Deixo-vos com alguma receitas que me pediram. Espero que gostem :)


Bolo Rainha

Ingredientes

70g açúcar em pó

Casca de 1 laranja e 1 limão

120g leite

70g manteiga

3 gemas

40g fermento de padeiro (uso fresco)

30g vinha do Porto

420g farinha 

1 pitada de sal

Frutos secos a gosto

Preparação

Rale as cascas  dos citrinos. De seguida junte o leite, a manteiga e mexa em lume brando. De seguida bata tudo para que fique tudo envolvido.

Com a batedeira ligada junte as gemas, o fermento, o sumo de laranja, o vinho do Porto e misture por alguns segundos.

De seguida, junte a farinha e a pitada do sal pouco a pouco.

Assim que tiver tudo envolvido amasse a massa até ficar em forma de bola. Deixe repousar até dobrar de volume.

Assim que a massa levedar pressione a massa para que o volume baixe e amasse mais um pouco. De seguida junte os frutos secos a gosto.

Em papel vegetal forme uma bola, e dê-lhe a forma de uma rosca, pincele com a gema de ovo e decore com frutos secos.

Leve ao forno cerca de 25minutos a 180º.

Um Feliz Natal

24.12.20

 Num ano tão difícil como o que está a passar desejo-vos um Natal muito feliz, no aconchego dos vossas queridas pessoas, com abraços quentes porque também nos alimentamos deles.

Que seja um noite abençoada de amor e união é o que vos desejamos.

Um Santo Natal!

Centrimagem




Um Natal diferente

23.12.20

Num ano tão atípico, o Natal será certamente diferente em tantas famílias. 

Estes meses obrigaram-nos a adaptar a nossa vida para uma realidade que tantas vezes teimamos em esquecer mas o vírus continua aí e é importante que não nos esqueçamos disso, por nós e também pelas pessoas que gostamos.

As compras foram feitas de forma diferente, e os festejos limitados ao máximo. Não houveram abraços e brindes à mesa da forma "corriqueira" a que estávamos habituados e talvez no meio de tudo tenha sido o que mais me custou.

Felizmente este ano pertenço aos sortudos de ter uma família pequena e que pouco ou nada faremos de diferente mas tantos Natais "invejei" aquelas famílias grandes, que se perdem entre trocas de presentes e gargalhadas, das mesas cheias que se perdem de vista.

A minha família à exceção do meu marido é muito pequenina, consequência dos meus pais serem filhos únicos por isso o nosso Natal embora cheio do mais importante: Amor é com as mesmas pessoas que privamos diariamente.

No entanto Natal é Natal e aquela noite tem sempre um sabor diferente.

Só por si será um Natal mágico. Os meus filhos começam a crescer a a viver o espirito do Natal com aquele brilho no olhar que derrete qualquer coração. 

Quero acima de tudo que seja uma noite muito feliz, cheia de amor e de saúde porque se houve lição este ano foi que a vida não está adquirida e que o fuuto nunca foi visto tão incerto como agora.

Nos tempos que correm não desejo muito além de união, amor, comida na mesa e saúde! Sem isto a vida já nos provou que não vale nada.


Look 
Baby By Pikis
Pés de Cereja
Fotografia
Centrimagem








Uma competição sem fim

22.12.20

Tenho a certeza que se não tivesse o Tomás como filho, não seria a mãe que sou hoje.

Pelo menos acho que não estaria tão sensível a certos temas ou até mesmo atenta a pequenos sinais de alerta que muitas vezes os nossos filhos nos dão.

É certo que uma mãe quer sempre o melhor para o seu filho, quer que tenha as melhores notas, que seja o mais bem educado, o mais bem comportado, o melhor... o melhor. E de forma inconsciente exibimos os nossos filhos como se tratasse das nossas próprias taças. Esquecendo que esse incentivo muitas vezes incute uma competição não saudável nos nossos filhos.

Ainda na última reunião que tive na escola do Tomás a diretora apelou ao pais, mais bom senso e sensibilidade para este assunto. É importante que eles queiram ser os melhores e que tenham ambição mas nunca que seja contra os seus amigos. Deverá ser acima de tudo uma competição com eles próprios e nunca com os demais e nós como adultos sabemos bem o que é viver num mundo competitivo e o quantas coisas negativas isso pode trazer.

No entanto é importante não esquecermos que cada criança é uma criança e que todas elas têm o seu próprio desenvolvimento e que nem todos correspondem às guidelines pré-estabelecidas.

Estas existem apenas para balizar e orientar mas nunca as tendo como bíblia, por exemplo eu tenho três filhos e todos eles tiveram um desenvolvimento diferente. Cada criança é uma criança e os estimulos que têm à sua volta pode potenciar mais ou menos o desenvolvimento. É importante não viver obcecado com as diretrizes mas também não devemos descurar pequenos sinais.

E muitas vezes queremos tanto que eles sejam os melhores que nem vemos os sinais que eles nos enviam. 

E quando somos alertados a tendência é desvalorizar ou mesmo arranjar mil e uma desculpas para o que vemos diante de nós.

Talvez seja o medo do desconhecido que nos faça esquecer o assunto, e tantas vezes a fuga que teima em não aceitar o obvio. 

Esquecendo-nos de que o desenvolvimento nas crianças é algo veloz e que corre entre nós. Não é desvalorizando ou até fingir que não existe, que desaperece pelo contrário.

Na dúvida peçam ajuda a quem sabe, perguntem e esclareçam-se pois o pior cego é aquele que não quer ver.

E o tempo jamais voltará atrás.

Calções | Puro Mimo
Malha | Amor Algodão
Carneiras e Meias | Pés de Cereja




Exaustão Mental

17.12.20

 Ontem vi no Instagram da Pediatra Joana Martins, um post sobre exaustão mental e de facto acho que nunca tinha visto uma explicação tão bem dita como a que li. Algo que tantas mulheres falam mas que poucas pessoas compreendem.

Começa muitas vezes pela falta de noção dos nossos maridos e com isto não é dizer mal deles, muitos deles ajudam muito, eu própria tenho a "sorte" de ter um marido que está sempre pronto para mudar fraldas, dar banhos, dar comer e até fazer as tarefas domésticas.

Mas o problema aqui é que este começa em nós, porque é que nós lhes pedimos ajuda? Porque é que é algo que não acontece de livre vontade? Porque é que a palavra ajuda existe dentro de uma casa, se o trabalho devia ser dos dois sem medidas e sem pedidos de ajuda?!?

Porque é que não é a mulher a ajudar? Acredito que isto não é de agora mas de uma sociedade que sempre obrigou a mulher a assumir o comando da sua casa, mas também muito pela nossa forma de ser, por sabermos que nós fazemos melhor e isto é tal como uma bola de neve. É um embrulho gigante e que tantas vezes nos leva à exaustão.

Acredito que os nossos maridos, não o façam por mal, mas o que é certo é que eles não conseguem sequer dimensionar o que está por de trás de uma casa. Não é só o trabalho físico que implica, que este pode ser mais ou menos dependente das ajudas extras que temos.

Falo do pensar, de saber todas as responsabilidades dos nossos filhos, de saber o que falta na despensa, de saber os dias que é necessário levarem fato de treino para a escola, de pensar o que é o almoço e o jantar, de saber que há a amiguinha faz anos e que é necessário comprar o tal presente. 

E isto perdoem-me, os homens, mas poucos são os que assumem o comando. É o pensar em tudo. É a subcarrega que temos em cima de nós que muitas vezes nos levam à exaustão mental.

É a responsabilidade de uma família inteira nas costas em que não temos margem de erro para falhar e quando esse erro aparece somos invadidas por um sentimento de culpa que nos atormenta ainda mais.

Somos obrigadas a pensar em tudo e em estar em todas as frentes. E mesmo quando os nossos maridos "ajudam" é porque já pensamos por eles e é disto que falo pois embora nos alivem o trabalho, a carga mental continua.

O pensar não nos mata, mas leva muito de nós. 

O meu marido diz em jeito de brincadeira, que o meu cérebro ficou no bloco de partos e eu dou-lhe razão, ficou, e nunca mais o recuperei. Hoje esqueço-me de tudo e sou das que tem de apontar tudo para garantir que não me esqueço, pois o meu cérebro está sempre a pensar e processar informações, de tal forma que por mais vitaminas que hajam este não aguenta.

E quando nos perguntam o que precisamos, uma vez mais estão a demitir-se das suas responsabilidades, pois para nós termos uma resposta, já tivemos que pensar previamente em tudo o que nos faz falta.

A simples pergunta como "o que vamos fazer este fim-de-semana" é exemplo disso. Para algo acontecer, alguém teve de pensar, de planear e de se organizar.

E enquanto a palavra "ajuda" continuar a existir entre o homem e a mulher, nunca se conseguirá viver em equilíbrio.

Até o dia em que tudo falha e que deixamos de aguentar e entramos num burnout.

Estejamos atentas, ouçamos o nosso corpo porque se falharmos, tudo falha.





Festas de Natal Suspensas

16.12.20

Sou das mães que vibra com cada conquista dos filhos, das que se prepara semana antes para garantir que quando o dia da festa chega garante os lugares da frente. Das que fica ansiosa só de pensar no nervosismo dos filhos atrás do palco.

Mas este ano tudo está diferente, o Natal foi-nos roubado da forma mais cruel que poderia ter sido. E embora tenhamos liberdade para viver o espirito de Natal no dia 24 e 25 houve muitas coisas que nos cortaram, os musicais, os espetáculos e até à azafama que se sentia noutros anos nas lojas.

E embora tenha tentado levar uma vida "normal" dentro desta "anormalidade" continua a custar-me ver os nossos filhos a perderem tanta coisa.

Um concerto que para muitos pode ser insignificante ou até visto como algo supérfluo foi substituído pelo online.

E eu como mãe vejo-me na obrigação de minimizar a decepção dos meus filhos quando perceberem que quando chegar a Sábado, vão ver o Panda e os Caricas pela Televisão tal como fazem todos os dias do ano.

E se até então fazia com que eles tivessem pouco tempos ligados à Televisão e aos tabletes. agora muitos dos programas são vistos por esta via. E para mim isto é um grande contra-senso mas também a realidade destes tempos que espero que demorem já pouco a passar.

Mas hoje as lágrimas caíram-me quando o meu Francisco exemplificou-me com rigor a sua festa de Natal. E que bem que estava, que orgulho senti em vê-lo a dançar e a cantar tão feliz. Senti naquele momento que lhe tinha sido roubada a minha presença, os meus aplausos na primeira fila. 

Custa muito ir assistir a uma festa que é talvez dos momentos mais importantes e que mais recordações lhes deixam na infância através de um écran. 

Existem tantas coisas piores, mas custa-me muito aceitar tudo o que os nossos filhos estão a perder, talvez por ter consciência que a idade deles jamais voltará atrás. 




 

O meu campeão

15.12.20

 Cresceu e eu nem dei por isso...

Seis anos, o "fim" da grande meta do desenvolvimento. O check mate para a solidificacão de tantos conhecimentos. 

Aquela meta que achei que estava tão longe e que chegou tão perto.

Foram seis anos duros pelo trabalho que envolveu, pelo dinheiro gasto em terapias e que valeram cada cêntimo, de grandes vitórias e conquistas. De murros na mesa, de lágrimas de frustração, de dúvidas e incertezas mas de uma felicidade imensa. 

Seis anos que não os senti de tão rápidos que passaram.

Está a um passo de entrar numa das grandes metas de uma criança: o primeiro ciclo e ainda existe tanto para solidificar. Este será um ano letivo ambicioso a vários níveis mas que chegaremos a Setembro com a certeza que o caminho faz-se caminhando, mesmo que este não esteja na perfeição exigida.

Há seis anos que acreditei num método de estimulação intensivo e hoje olho para trás e ainda nem acredito que já passaram por nós seis níveis de desenvolvimento, restando apenas um para a sua "alta". Foi e continua a ser um caminho muito trabalhoso, de uma grande resiliência e também de uma grande força, não minha, mas do Tomás.

Seis anos em que ele me deu a mão e não duvidou do que eu tinha para ele. Ainda sem saber para o que  ia, com quatro meses, disse-lhe bem baixinho que ia conseguir e que iria sair dali, só com um programa concluído.

Quando escolhi o Método Glenn Doman, sabia o que implicava, o trabalho que seria necessário fazer mas também sabia dos resultados a médio e longo prazo.

Não me enganei, e embora o Tomás ainda esteja imaturo em alguns aspetos, está no caminho de atingir o patamar máximo deste programa tão ambicioso e quando esse dia chegar, será de festa.

Com seis anos faz o que esperava que fizesse, tem uma autonomia que lhe dá voz, fala, anda, corre e é acima de tudo FELIZ!

Disse-lhe que este caminho não seria fácil, que seria só para os melhores, e que se algum dia a felicidade dele tivesse em jogo aí sim eu recuava de imediato até lá por mais lágrimas que houvessem iriamos continuar sempre de mãos juntas até as forças nos faltarem.

A prova viva, que se és capaz de sonhar, és capaz de fazer! O meu maior orgulho! O meu campeão.






Quatro dias de sonho numa Farmhouse

10.12.20

Em tempos, muito por acaso, conheci a I go Travel, uma agência de viagens, que procura ir de encontro às necessidades de cada família, proporcionando experiências inesquecíveis. No nosso caso querámos algo que nos afastasse de aglomerados de pessoas, que desse para descansar e que houvesse muito espaço livre para as crianças brincarem.

E no meio de algumas ideias, surgiu o Craveiral que até ao momento não conhecia. Quando a Andreia me apresentou percebi que era exatamente aquilo que procurava.

Uma Quinta, com muito campo para que eles pudessem correr livremente, animais para dar de comida, andar de cavalo e com uma vertente muito sustentável e ecológica.

E embora não seja uma "hotel" exclusivamente a pensar nas crianças, procura proporcionar programas para que elas se possam divertir e aproveitar os dias ao máximo e os meus filhos alinharam em tudo, desde o passeio ao cavalo, ao chef de cozinha em que fizeram umas bolachas e à noite de cinema. A doraram(tudo).

Estavam super felizes!! 

E embora com três crianças nunca se consiga descansar no sentido pleno da palavra, o ambiente que envolve a quinta faz-nos esquecer tudo o que nos rodeia. Aproveitámos os nossos filhos ao máximo e eles tiveram a sorte de ter os pais só para eles, livres de responsabilidades.

Ficamos numa casa com dois quartos independentes, o que permitiu também usufruir do tempo em "casa" com a máxima comodidade. São casinhas, bastante acolhedoras e com uma cozinha bem equipada para que possamos fazer as nossas refeições.

Para evitar esse trabalho e também por não saber exatamente a forma como a cozinha estava equipada, optei por levar tudo feito de casa. Basicamente preparei comidas saudáveis e práticas para que fosse só preciso aquecer.

No entanto não podemos deixar de ir experimentar as famosas pizzas da cozinha da quinta e de facto são maravilhosas e que me vão levar lá mais vezes.

Outra das coisas que também adorei foi o pequeno almoço, uma carta simples, mas cheia de sabor e de qualidade.


Foram sem dúvida quatro dia maravilhosos, que deu para renovar energias e que serviu para lhes dar um pouco mais do nosso tempo.

Aconselho, seja com crianças, ou sem vão adorar.

Se precisarem de ajuda para planear um fim-de-semana ou umas férias em família,  vão à I go Travel. Não se vão arrepender.







O ano da família

9.12.20

Se tiver que escolher uma palavra para descrever este ano que chega ao fim é: Família! Foi um ano ambicioso e que exigiu muito de nós pais e também dos nossos filhos.

Acredito que muitos de nós nunca tínhamos estado tanto tempo com os nossos filhos. Muitos foram obrigados em redefinir prioridades, a meter a vida em perspetiva e até meter o lado profissional em suspenso.

Houve quem achasse uma oportunidade e quem achasse uma loucura. Eu achei que foi uma oportunidade louca mas que será recordada para sempre com muito amor e emoção à mistura.

Nem todos os dias foram fáceis, chorei de dores no corpo por não aguentar mais e acima de tudo por perceber que não soube ser a professora que queria para os meus filhos. Falhei várias vezes, reformulei vezes sem conta estratégias para uma dinâmica familiar saudável. E tive a sorte de ter um marido que embora estivesse em tele trabalho me deu a mão nos períodos mas cruciais.

Hoje olho para trás e recordo com saudades aqueles meses em que me perdi e reencontrei vezes sem conta nos meus filhos, numa casa e numa cozinha que até então desconhecia.

Virei empregada da minha própria casa, professora dos meus filhos, mãe, cozinheira michelin e uma profissional à distância.

Um ano que começa a aproximar-se do fim e que ficará marcado para sempre nas nossas memórias. 2020 não foi o ano da nossa vida, mas foi o ano que nos obrigou a pensar no que realmente importa. Mostrou-nos quem são os amigos que nos fazem falta e os que afinal são meros conhecidos. Mostrou-nos que família, saúde e o amor são a base do ser humano.

Foi um ano que nos tirou muito mas que nos deu também.

O ano que ficará marcado para sempre como o da família. Aquele em que vivemos todas as etapas dos nossos filhos, em que aplaudimos na primeira fila as suas vitórias e consolamos na tristeza. Assistimos às suas quedas e ajudamos a gerir as suas frustrações.

O ano em que tive oportunidade de ser mãe a 100% mesmo que tenha sido por pouco tempo.

E para vocês o que é que este ano representou?




Respeitar o tempo dos nossos filhos

3.12.20



 A experiência fez-me olhar para cada meu filho como pessoa única. Sei as deadlines principais do desenvolvimento mas não faço disso a minha bíblia, talvez o Tomás me tenha ensinado isso mesmo.

Cada criança é uma criança e como tal tem o seu ritmo.

E como mãe de três filhos, posso afirmar que embora a base da educação seja a mesma, tenho três crianças completamente diferentes.

A Maria Constança dos três foi quem desenvolveu mais rápido mas acredito que isso deve-se maioritariamente por ser a terceira, tem um estímulo que mais nenhum deles teve, e a juntar a isso temos o facto de ser menina. 

Mas embora ela seja super despachada e tenha comportamentos de uma criança de dois e três anos, continua a ser uma bebé e como tal continua a dar noites, a pedir colo e a ter mau feitio na hora de comer.

Quando decidi mudar a Constança do quarto, foi numa tentativa de perceber se ela já estava preparada, ela já tinha mostrado sinais de estar pronta para dar esse passo, mas assim que a mudei ela rapidamente mostrou que não estava ainda preparada.

E não houve nenhum drama com isso, voltei a reformular o quarto e regressou para junto de mim. 

Até que os meses passaram e com a mudança do quarto, voltei a tentar, sabendo que podia correr bem ou não, mas não quis de deixar de tentar. O que é certo é que quatro meses chegaram para ganharr a maturidade suficiente para fazermos a mudança de fora tranquila. No entanto continua a adormecer ao colo, e tem noites que dorme seguido até às seis, mas também tem noites que às três já me está a chamar e lá a vou buscar para se aninhar a nós.

Esta independência é ganha por eles, e são eles que nos dizem quando estão ou não preparados para esta grande mudança.

Sinto-a feliz no seu quarto com os irmãos e isso é o mais importante. Aquele quarto é o ponto de equilíbrio dos três e é ali que quero que se encontrem.

Se a meio da noite um a um começa a ir para a nossa cama não há dramas (pelo menos para nós). 

Sou a favor de respeitarmos o tempo dos nossos filhos porque cada criança é uma criança e o que pode funcionar para um não funciona certamente para o outro.

E se estivermos tranquilos eles vão sentir isso e serão crianças seguras de si próprio. E desengane-se quem acha que as crianças que mais precisam de colo são as que no futuro são mais inseguras, só serão se esse colo lhes for retirado prematuramente.

Na dúvida ouçam o vosso coração e dos vossos filhos. 💗 





O meu grande Amor

2.12.20

Gerir uma família não é fácil. E por mais que exista monotonia esta nunca é levada à letra porque todos os dias são diferentes.

Tapa-se um lado e destapa-se o outro, tal como os cobertores no inverno.

É preciso respirar fundo várias vezes, ajustar prioridades vezes sem conta em prol de um bem comum.

É preciso sonhar mais além e ambicionar por nós e por eles.

Traça-se um caminho e segue-se pé ente pé até chegarmos ao destino.

Ninguém disse que seria fácil, mas todas as pessoas dizem que ninguém vive sem amor e sem a partilha. E eu acredito!

É fácil nos deixarmos atropelar pelos nossos três filhos. Mas depois ao mesmo tempo que nos perdemos encontramo-nos nos olhares trocados entre as tarefas diárias.

Ele faz-me recuar no tempo e eu levo-o a fazer coisas que até então achava impossíveis.

Não me diz que não a nada, mesmo que isso implique algum sacrifício da sua parte. Eleva as minhas ideias e ainda as aplaude de longe. Discreto por natureza, um pai de família, o meu verdadeiro amor.





A (maior) dor da maternidade

26.11.20

Em tempos recebi uma mensagem para que pudesse falar sobre a dor de perder um filho ainda na barriga e embora saiba que infelizmente é algo que acontece não podia escrever algo que felizmente não sei o que é.

Acredito que exista dor, uma dor que nos corrói a alma, mas na vida há coisas que só quem passa por elas é que sabe. 

Tenho consciência que é um assunto tabu, que pouco se fala, e que tantas mães são tratadas com indiferença, pela parte médica quando isso acontece.

E embora eu conheça muito pouco sobre o assunto, sei que um feto por mais pequeno que seja, é um bebé que se está a formar, e é nosso. Não precisamos de o ter nas mãos para chama-lo de filho ou até mesmo para o amar da mesma forma.

É uma perca! E um amor que teve pouco tempo para se materializar.

Hoje partilho uma história, não minha, mas de uma mãe, que sentiu essa dor.

"Corria o ano de 2010, um ano de mudanças e recomeços, já tinha dois filhotes e queria o terceiro de uma nova relação, estávamos felizes, consegui engravidar facilmente, na primeira consulta foram feitos vários exames devido à minha idade, 38 anos.

Corria tudo bem até vir um resultado que nos abalou um bocadinho, lesão de alto grau no Colo do Útero, na altura não compreendi bem o que seria mas a médica que viria a ser a minha médica (Anjo no Hospital de Cascais) alertou-me que era muito grave e o meu problema era a gravidez, fiz biópsia, resultado final "Cancro no Colo Útero".

Vacilei, fiquei meio perdida, quais seriam as minhas hipóteses? Não queria perder o meu bebé, deram-me três soluções e escolhi a que para mim seria a mais acertada, ser tratada grávida. Fui tratada excelentemente e corria bem, mas às 20 semanas numa ecografia de rotina com uma médica que não conhecia levei com esta frase "o bebé está morto, não tem batimentos", assim sem preocupações e eu sozinha, digerir foi difícil, acreditar foi quase impossível.

O nosso Postal de Natal

24.11.20

A sessão de Natal já faz parte do nossa família. É aquela fotografia que se repete ano após ano, sempre com o mesmo entusiamo.

E é com base nestas fotografias que muitos presentes são feitos.

Ansiosa todos os anos para o cenário que vou encontrar, nervosa com a forma que eles se vão comportar pois com crianças é sempre imprevisível de saber como vai correr. E à medida que a família aumenta o grau de dificuldade também aumentou. É uma única máquina para três crianças e manter três rostos prontos a sorrir é um verdadeiro desafio. 


Cada vez mais autónomos e quando os vi no cenário, o meu coração apertou. Foi talvez uma tomada de consciência, os meus filhos cresceram e eu não tinham percebido.

Quando um simples pedalar se torna numa vitória

24.11.20

Nunca disse que o caminho seria fácil mas sempre disse que não seria impossível.

Recusei tudo o que me chegava de negativo e o que de alguma forma me cortava os sonhos. 

Lutei, lutei muito, mas sonhei ainda mais. E nunca duvidei da suas capacidades. Dei-lhe sempre a mão, mostrei "cara feia" quando tinha de ser, repreendi e o meu coração chorou quando o vi tentar vezes sem conta e sempre sem sucesso.

Assisti à sua resiliência ao longe e aplaudi-o nas suas forças e fraquezas.

Acompanhei a frustração e os inúmeros incentivos da sua terapeuta.

Mas sempre acreditei! Mesmo quando tive médicos que me disseram "Não insista mãe, não lhe faça tantas terapias, ele nunca deixará de ter trissomia".

Segredei-lhe ao ouvido "orgulho" porque é isso que sinto por ele.

Orgulho pelo seu exemplo de resiliência e admiração por aos seis anos ter mais horas de trabalho que muitos adultos.

Trabalha desde o seu primeiro mês e não sabe o que é viver livre de obrigações. No entanto nunca perdeu o seu encanto de criança, nem permiti que alguma vez isso lhe fosse roubado.

Hoje o Tomás, vence mais uma etapa do seu percurso. Começou a pedalar, algo tão simples para tantas crianças e sem questões para tantos pais.

Mas hoje o meu coração bateu mais forte quando recebi este vídeo da professora.

Hoje fez-se festa! E o Tomás venceu mais uma batalha, tão simples para outros e tão complexa para outros.

Palmas meu filho!

És grande!

O nosso maior orgulho!

Parabéns!!

E agora já podes acompanhar os teus amigos e o teu mano de bicicleta.











Dia do Pijama

20.11.20

Em tempos difíceis como os que enfrentamos é importante celebrar as pequenas coisas da vida, coisas que até então passavam despercebidas.

Hoje celebra-se a importância da família, do quanto é bom ir para escola e ter um local quentinho à nossa espera.

A nossa casa, mais pequena ou maior, pouco importa, pois o importante é a vida que está para lá das quatro paredes.

Ter uma família e uma casa devia ser um direito paras todas as crianças mas infelizmente nem todas têm essa sorte.

Não podemos esquecer que existem crianças, sem abraços e "ralhetes" típicos em qualquer família.

É importante mostrar aos nossos filhos que mais importante que bens materiais, há coisa que o dinheiro não compra e a família é o nosso maior bem.

Feliz Dia do Pijama para todas as crianças 💓



Proteger a família em tempos de pandemia

19.11.20

Nunca foi tão importante como agora mantermos a nossa casa limpa, higienizada e purificada. É nas nossas paredes que nos encontramos, que largamos a máscara e que nos sentimos verdadeiramente em segurança.

E se sempre dei atenção em ter uma casa "limpa" hoje é ponto de honra. Em casa não entram sapatos da rua, o desinfetante está à porta como se este fosse o nosso porteiro, tais como as máscaras sempre prontos a serem usadas na hora de sair.

E todo o ar que vive em nossa em casa e que não se vê, deve ser cuidado para que se combata  possíveis vírus, bactérias, mofo, ácaros e alérgenos de animais. 

Já tinha o purificador de ar da Airfree e voltei a reforçar com mais um no quarto dos meus filhos para que tenha o ar sempre purificado.

Nunca foi tão importante como agora proteger o ar interno da nossa casa. A grande vantagem do purificador do ar da Airfree é que este destrói os vírus no geral que possam estar em suspensão no ar. 

É uma marca 100% portuguesa, que possui tecnologia patenteada. A tecnologia TSS é exclusiva, pois não usa filtros para a estilização do ar, ou seja, usa o mesmo conceito natural de fervura da água para esterilizar o ar.

Funciona à base do calor e mata todo o tipo de vírus, bactérias e micro organismos que se encontram no ar. Deixando o ambiente limpo e agradável.

Esta foi uma das soluções para proteger a minha família. Uma solução silenciosa, simples, sem custos de manutenção e portuguesa.

O aparelho tem uma luz, que acaba por servir de luz de presença por isso, no nosso caso, foi como um dois em um visto que os meus filhos estão numa fase em que não gostam de dormir no escuro.





Palmas, porque o palco é dele!

18.11.20

 Hoje pela primeira fui a um programa de televisão com o coração dividido, feliz pela oportunidade de uma vez mais ir falar da nossa história e pelo meu querido projeto Desenvolve-T, mas incompleta por não poder levar comigo o meu braço direito e esquerdo, a Filipa, a terapeuta do Tomás e a pessoa que de mãos dadas criou juntamente comigo este nosso Desenvolve-T.

Olhando para trás é um orgulho enorme que sinto em nós, nos nosso percurso, na equipa que juntas construímos a pulso e nas famílias que temos diariamente a lutar connosco para que os seus filhos tenham um desenvolvimento o mais "típico" possível.

O Tomás é o elemento central de tudo isto, e se pensarmos muito sobre o assunto, é fácil perceber que o Desenvolve-T jamais existiria se ele não tivesse vindo ao mundo.

É o nosso melhor Relações Públicas e a nossa estrela cintilante que nos faz todos os dias fazer mais e melhor por ele mas também por todas as famílias que confiam diariamente em nós.

Não queremos ser só mais um centro, queremos ser família e o ombro amigo que tantas vezes falta, queremos proporcionar uma equipa multidisciplinar coesa e pró-activa que dê confiança aos pais que todos os dias nos chegam. 

Hoje o Desenvolve-T cresceu mais um pouco e deu um passo gigante na sua notoriedade e estamos gratas por isso. Obrigada Tânia Ribas de Oliveira e RTP pela oportunidade.

Hoje foi um dia especial. E quem diria que passado seis anos de umas lágrimas enevoadas no turbilhão de emoções que vivia teria forças para construir um caminho tão bonito.

E como o Tomás disse "Palmas" porque a vida é um palco e cabe a nós escolher a forma que queremos dançar nele.

Obrigada querida Tânia por este carinho!


Look
Calções | Maria Costura
Túnica | Alecrim
Meias e Botas | Pés de Cereja 






Obrigada

17.11.20

No mês em que o Blog faz seis anos uma vez mais vejo o nome "Tomás, My Special Baby" posicionado entre as mil contas de Instagram com mais engagement de Portugal.

Um Blog que começou com um objetivo muito claro: Mostrar que é possível sermos felizes na adversidade, que podemos ser uma família igual a tantas outras e que Trissomia 21 não é nada mais que um cromossoma a mais.

Sem conhecimentos na área e sem qualquer intenção a mais do que partilhar, hoje o Blog é mais que um simples Blog, é um Blog de referência em temas como a maternidade e família. E lido por milhares de famílias.

E embora não seja a minha fonte de rendimento é o que pede mais o meu tempo e a minha dedicação.

Vocês viram a minha família nascer, partilham as minhas angústias, os meus medos, choram as nossas tristezas mas acima de tudo festejam as nossas vitórias como vossas e isso é tão bom de sentir.

Nunca ambicionei ter muitos seguidores mas sim criar uma comunidade bonita, onde existe respeito, admiração mútua e onde possamos todos aprender uns com os outros e isso para mim é o mais importante.

Gerir redes sociais e um blog não é fácil e dá muito trabalho. Não são só fotografias, é muito mais que isso, requer disponibilidade, disciplina e criatividade.

Todos os dias são diferentes. Temos percalços e coisas boas. 

É preciso ouvir, para também sermos ouvidos e respeitados. Como também é necessário ignorar pessoas que acham que podem tudo atrás de um écran. 

O mais importante é quem está connosco verdadeiramente. que interessa é quem está connosco de coração.

Não sei quanto mais tempo estarei por aqui, a minha família está a crescer, e um dia os meus filhos vão assumir o comando da sua própria vida. E quem sabe se o meu sonho de ver o Tomás escrever para todos vocês na primeira pessoa não se torna realidade.

E quando esse dia chegar. A minha missão fica comprida e direi "até sempre".

O mais importante eu já ganhei, que foi ajudar famílias a serem felizes no meio da loucura de se "ser diferente". 

Mais que perfeição quero inspirar pela realidade e pela força do amor.

Embora cada vez mais o Instagram assuma o seu peso, o Blog continua a ser a "casa da mãe" deste grande projeto.

Obrigada por estarem desse lado e por também fazerem também parte de nós mesmo, que não nos conheçamos além de um nickname.

Este reconhecimento não é só meu mas de todos vocês.

Um grande beijinho

Andreia


Camisolas You&Me da Zippy com a Carolina Patrocínio


Sugestões de look's de Natal

16.11.20

Embora estejamos a viver um ano atípico aos poucos e poucos começa-se a preparar a noite mais bonita do ano.

A oferta é muita e existe para todos os gostos. O Xadrez continua a marcar presença nos look's. No entanto os veludos e os lisos começam aos poucos a ganhar destaque.

As cores variam entre os verdes, boudeaux e cinzas.

Partilho convosco algumas sugestões de look que fui vendo e que gostei muito.

Todas estas sugestões são de marcas portuguesas. 

1- Baby by Pikis 2. Maria Minorca 3.Match Babies&Kids 4.Pompon Clothing
5. Maria Costura 6. Zippy 7. Puro Mimo 8. Baby by Pikis


Obesidade Infantil

12.11.20

Embora ninguém me tenha dito nada sobre o peso do Francisquinho, o tamanho das suas roupas diziam que alguma coisa não estava bem.

A roupa deixou de servir e os números subiram exponencialmente. E embora cada criança tenha o seu ritmo, ter o meu filho a vestir dois a três números acima da sua idade era sinal que algo não estava bem.

Não o pesei mas as roupas acabam por nos dar também as devidas respostas.

Há um ano que o Francisquinho começou a ser seguido com a Dra. Sandra, mais conhecida como a Papinhas da Xica, e com alguns ajustes na alimentação rapidamente voltou ao peso normal, até que se meteu uma pandemia pelo meio, e o sedentarismo aumentou e a dispensa começou a ser de livre trânsito.

Ele por adorar comer e por ter tanta piada na forma que nos convence a dar-lhe só mais um "bocadinho", fomos fechando os olhos. Até que eu disse basta quando tomei consciência que a sua roupa tinha deixado de servir e que as suas roupas novas passaram a um número inaceitável.

É um facto que ele é uma criança alta e que vai disfarçando. O seu olhar doce com ar de reguila também lhe dá piada e tudo isto muitas vezes nos leva para um caminho mais fácil. Por vezes é mais fácil ignorar o problema.

Até que decidi voltar à consulta de nutrição e confirmou-se o que temia mas que ninguém me ouvia (família e amigos) o Francisquinho não tem só peso a mais, mas sim obesidade infantil e ouvir isso foi como um "murro no estômago".

Como é que eu permiti o meu filho chegar a este ponto? Porque é que não me apercebi mais cedo?

São perguntas que não me saem da cabeça e que me deixam desconfortável.

Mas de nada serve lamentar, o caminho é em frente e com a ajudar da Dra. Sandra delineamos um plano alimentar, que a meu ver não será fácil pela restrição alimentar que implica mas que será um começo para os novos hábitos alimentares.

Obesidade Infantil é uma doença crónica e bastante complexa. É um assunto sério e não pode ser trado de ânimo leve.

Muito provavelmente, uma criança obesa será um adolescente e adulto propenso a desenvolver problemas de saúde graves, como doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes, asma, apneia do sono, doenças hepáticas e diferentes tipos de cancro.

Além de que Uma criança obesa é facilmente vítima de bullying e de outras formas de discriminação, com consequências ao nível da autoestima e do rendimento escolar.

E como mãe, este assunto preocupa-me e os olhos sérios que a Dra. Sandra olhou para mim mostrou exatamente isso.

Sei que vamos atravessar um caminho com alguma turbulência, vou ter que ser mais forte mas será por uma boa causa.

Alinhei toda a família nesse sentido. Vou pedir também ajuda à escola. E espero na próxima vez que voltarmos termos um número mais amigo na balança.

Sei que é giro ter um filho "gordinho", muitas vezes são os que chamam mais atenção porque são os mais queridos e os que mais dá vontade de agarrar. Mas obesidade é um assunto sério e que merece ser olhado com preocupação.

E é nesta idade que devemos de consciencializar para evitar futuros problemas.




Deixo aqui os contacto se precisarem também de ajuda:

Desenvolve-T
Centro de Terapias Infantil
Nutrição Infantil
Dra. Sandra Santos
91 646 46 16 ou 211 601 028
terapias@desenvolve-t.com




Um mês de escola

11.11.20

Um mês depois, de uma escola diferente, do ensino público, de uma nova realidade, e o balanço até ao momento, não podia ser mais que positivo.

A adaptação correu da melhor forma possível. O Tomás tem este dom de aceitar a mudança de uma forma inigualável. Embora tenha tido uma noite agitada de véspera, entrou sem medos, naquela que seria a sua escola por uns longos anos (pelo menos assim espero).

Estes tempos distancia-nos da escola e isso para mim tem sido o mais difícil de lidar. Sei que ele está bem, pelo menos a forma carinhosa que fala dos seus amigos e da professora mostra exatamente isso. "Os meus amigos". Sinto que está feliz! E isso para mim é o mais importante.

Como mãe e embora não queira ser tratada de forma diferente, senti-me no dever de falar com todos os pais sobre o Tomás, mostrando quem é o Tomás verdadeiramente e que a sua trissomia não o define. No entanto pedi para que explicassem aos seus filhos com veracidade se os seus filhos questionassem algo. Só podemos construir uma sociedade inclusiva se os nossos filhos forem ensinados a aceitar a diferença. Recebi só boas mensagens e naquele momento tive a certeza que o Tomás está integrado numa turma com crianças cheias de valores. É quase como um "peso que me saiu de cima".

A professora tem tido paciência para me responder aos meus email's, inclusive já reuni com ela para que pudesse falar mais do Tomás e dos seus objetivos para com ele. Mostrei-lhe as suas virtudes e as suas maiores dificuldades.

Expliquei-lhe também que vinha de uma má experiencia e que isso poderia levar-me a estar mais em cima.

E embora a professora tenha respondido sempre aos meus email's e ter acalmado sempre o meu coração, ainda não me habituei a estar mais tempo atrás das grades que na sua sala, que infelizmente só conheço por fotografia. Custa-me todos os dias vê-lo a ir para um desconhecido. A falta do toque custa-me e a falta da comunicação do que foi feito durante o dia também.

A escola perde, nós perdemos e eles também pois parece que a escola passou a ser algo distante e em que não temos acesso.

Com o Covid tem sido muito difícil a escola aceitar as terapeutas do Tomás, a articulação com a equipa também se torna difícil pois a escola também não está recetiva a isso. E isso para mim tem sido muito difícil de aceitar.

Embora o Tomás tenha também uma professora de ensino especial custa-me ver que não existe articulação dos trabalhos entre as terapeutas do Tomás, que o conhecem de A a Z e que conhecem todas as estratégias de trabalho a usar com ele, com a escola. Não existe o querer e quando isso acontece é muito difícil mostrar que aqui quem perde é uma criança. Já tive oportunidade de dizer o que penso, já expus a situação a quem de direito mas continuo com poucas respostas fundamentadas.

Sempre trabalhei em equipa e custa-me ver que o meu filho possa perder ou atrasar competências porque não existe boa vontade e flexibilidade.

Posso não ganhar esta luta mas vou lutar para conseguir. Ao mesmo tempo vou medindo os seus ganhos e percas e ver o que será melhor para ele.

E no fim do ano habilito-me a estar no quadro de honra da mãe mais chata e ansiosa como já tiveram oportunidade também de me dizer.

Mas apesar de tudo, o balanço é positivo!

Ele está feliz e enquanto os seus olhos brilharem ao correr em direção ao portão é porque estamos no caminho certo.

E com vocês como está a ser este início?





Lágrimas destes tempos

9.11.20

Um ano que começa aproximar-se do fim mas que nos continua a deixar sem ar todos os dias mais um pouco.

Um ano difícil, que nos roubou o gosto pela vida.

As pessoas tornaram-se ainda mais egocêntricas, impacientes e com falta de empatia pelo próximo. O outro passou a não importar desde que o nosso esteja assegurado.

Nos olhos das pessoas vê-se medo. E os sorrisos deixaram de existir.

Um ano que assusta só de pensar para onde nos leva. E esta incerteza constante assusta e muito.

É ver negócios e negócios a esticarem até caírem. Famílias inteiras a perderem o seu sustento e o pão na mesa.

E se antes achei que aquela pausa forçada tinha sido a maior oportunidade que a vida tinha dado às famílias, hoje já grito aos céus para isto parar. Já teve "piada" mas basta!!

Já deu para rir, para apreciar a vida com outros olhos mas está na hora de voltarmos a uma normalidade que se dissipou no tempo.  

E a falta desta luz ao "fundo do túnel" atormenta-me.

É um facto que temos uma vida inteira para ir ao cinema, jantar com amigos e até de dançar até os pés nos doerem mas quando esse dia chegar como estaremos todos nós? Como estaremos emocionalmente? Quantos voltarão a ter as suas vidas de volta desde que a pandemia se instalou?

Quem seremos nós? E os nossos filhos?

Os nossos filhos, esta geração que tanto me preocupa e me inquieta no meio disto tudo.

A minha Constança está a crescer sem ver sorrisos no rosto de desconhecidos. Não sabe o que é um colo de alguém que se acabou de conhecer. Não sabe o que é um concerto, nem tão pouco saberá o que é ter medo do Pai Natal, que se encontra em cada esquina no mês mais bonito do ano.

Ao Tomás e ao Francisco foram-lhe roubadas tantas coisas que já perdi a conta. Perderam as festas de anos com os amigos, os teatros, os musicais, os abraços e os beijos de quem os rodeia.

É isto que todos os dias me leva às lágrimas. É quando me perguntam (todos os dias) se falta muito para o Panda e o Caricas, quando lhes digo que não podem tocar nem abraçar quem não conhecem, que não podem ir à casa dos seus amigos da escola, que não podem entrar no parque infantil, que não podem, que não podem! Estou cansada! Estou seriamente preocupada com esta geração e no impacto que isto vai ter nas suas vidas.

Se me virem por aqui, vão ver uma família normal, com os cuidados necessários mas não vão ver a proibir de abraçar ou a partilhar um brinquedo. São crianças e não dimensionam o problema que estamos a viver. Acima de tudo não quero que vivam no medo e quando isto terminar, não quero que desconheçam palavras tão simples como partilha, empatia e amor. 

Quero e faço todos os dias para que os meus filhos saiam disto com as mínimas sequelas emocionais.

Todo o nosso presente vai tomar proporções no seu futuro e é importante que em momento algum nos esqueçamos disso. 

Que nunca nos esqueçamos que os nossos filhos jamais voltarão a ter 1, 2, 3, 4, 5...10 anos. Para o ano eles já não terão essa idade, os interesses mudarão e o mundo estará diferente.

Que sejamos todos conscientes das nossas atitudes, sem esquecer que temos a responsabilidade de não roubarmos o sorriso e a ingenuidade das nossas crianças pois o amanhã pode nunca mais existir.

Um dia acordaremos e eles estarão a sair de casa e tanta coisa se perdeu no meio de uma pandemia sem fim.

Um Natal que se aproxima pobre, sem a emoção das ruas, sem espetáculos, sem trocas de presentes, sem família e amigos.






A nova aposta do futebol Português

6.11.20
O meu marido é fã do futebol já eu confesso não sou grande apreciadora. No entanto gosto do futebol como desporto e tudo o que envolve: resiliência, companheirismo e toda a componente emocional e física.

Nunca duvidei que os meus filhos fossem para o futebol, com um pai "louco" por futebol não havia forma de isso não acontecer. Já era uma coisa pensada em família. O desporto faz muito bem e desde que não seja visto como algo competitivo tem-se mais a ganhar do que a perder.

Embora os meus filhos não sejam ainda "loucos" pelo futebol, achamos que é um desporto bastante adequado para gastarem energia e aprenderem a importância do trabalho em equipa e do saber perder e ganhar.

Mais uma vez não equacionamos a trissomia 21 mas sim o interesse dos nossos filhos. Tínhamos como certo que iam experimentar e se gostassem  ficavam, caso não quisessem não iriam mais e estava tudo bem com isso.

O interesse será sempre deles e só depois vem o nosso gosto. Em  tempos numa palestra ouvi que "os pais estão mais preocupados em enchê-los de atividades do que saber realmente se eles estão felizes em fazê-las.

E na altura quando ouvi fez todo o sentido. Vivemos numa sociedade em que queremos que os nossos filhos saibam fazer tudo, jogar futebol, tocar piano, falar inglês. Tudo isto para que sejam exibidos como prémios aos amigos.

Em momento algum duvidamos se o Tomás seria ou não capaz deste novo desafio. Ele gosta muito de jogar à bola, mas nem sempre tem a concentração pedida, no entanto nunca sentimos que não fosse aceite na equipa por isso. Ele quando quer joga, quando não quer mais sai. E está tudo bem. É só um desporto e o objetivo principal é que se divirtam. 

O Francisco, está super feliz e dá gosto vê-lo a jogar. Sinto-o que está verdadeiramente feliz e empenhado em aprender e isso para nós é o mais importante.

Todos os dias pergunta se é dia de Futebol e esta pergunta mostra bem o quanto gosta.

Por isso apresento-vos as mais recentes apostas do futebol Português: Francisco e Tomás. 






(Finalmente) o Novo quarto

5.11.20

Já faz um ano a primeira vez que partilhei sobre a mudança do quarto dos meus filhos. Entretanto meteu-se uma pandemia com direito a confinamento no meio e que me fez recuar um pouco, até que em Junho voltei a pegar nos meus rascunhos e dar-lhes forma.

Antes

Foi talvez das mudanças mais difíceis para mim, passei por vários testes de cores e por várias ideias, umas seguiram em frente mas na maioria todas elas acabaram por não passar de uma intenção.

Fazer de um quarto de catorze metros quadrados, um espaço onde vão dormir três crianças é uma "aventura" e se juntarmos a isto, um quarto misto ainda mais desafiante se torna.

Foram aqui que se prenderam as minhas dificuldades. Onde meter três cama? E quais as cores predominantes? 

A minha preocupação principal era que todos sentissem que aquele era o seu quarto. Não queria que fosse nem muito de rapaz para que a Constança não sentisse que aquele quarto não era dela, nem queria que eles achassem que perderam o seu espaço em prol da irmã.

Queria um quarto neutro, que transmitisse tranquilidade, sem "ruído" e que todos gostassem. Por saber do desafio que era fazer este quarto pedi ajuda à pessoa que decorou a minha casa e que tanto confio pelo seu gosto para me ajudar.

Foi a Inês que me ajudou a desbloquear algumas ideias e que me deu o empurrão que precisava para sair do papel para a ação.

Foram dois meses de alguns encontros, de testes de cores, de várias peças equacionadas para a decoração até que chegamos ao "é isto". Após termos decidido tudo foi encomendar todos os materiais, mandar fazer as colchas e almofadas e dar início à encomenda.

Não foi uma mudança fácil mas não podia estar mais contente com o resultado final. Ficou tal e qual como imaginei ou ainda melhor.

O tempo que se perde em nós

3.11.20

Quem me conhece sabe que é verdade, sempre fui daquelas mulheres que ambicionava casar e ter filhos. Quase como se fosse mote da minha vida. A carreira nunca foi prioridade. Não condeno quem opte pela carreira, pelo contrário. São opções de vida.

Mas a minha forma de estar na vida nunca privilegiou o trabalho à família. No entanto a minha vida ainda (e penso que nunca acontecerá) passará por estar exclusivamente dedicada à família.

Admiro quem tenha estrutura económica para o fazer e até chego a ter um pouco de inveja (boa) da vida "por casa" mas nem sempre a vida nos dá o que ambicionamos.

Não acho que ser só mãe ou estar só por casa tenha menos valor de quem assume um cargo importante numa empresa. São opções de vida, onde não existe o certo ou o errado. 

Com a quarentena que tivemos, acredito que o papel de mãe a 100% assumiu outra valorização na sociedade, pois quem fica a cuidar dos filhos trabalha tanto ou mais de quem sai todos os dias paro trabalho.

É um trabalho emocional e físico enorme, onde não se para cinco minutos para o "cafézinho". Nunca está tudo feito e há sempre alguém para cuidar ou ir buscar.

Com o confinamento, e porque tive estrutura para o fazer, abdiquei do meu trabalho por alguns meses só para cuidar da minha família e talvez tenha sido a fase em que me senti mais cansada, mais feliz e completa.

Foi muito bom enquanto durou! E todos os dias agradeci a oportunidade que a vida me tinha dado (mesmo que tenha sido pelas piores razões).

Foi bom! Tinha conseguido alcançado a felicidade em pleno e a tão proclamada qualidade de tempo com os meus filhos.

Entretanto voltei ao trabalho e este voltou a assumir destaque na minha vida. Não consigo estar parada por isso tudo o que me pedem digo que sim. Vivo de objetivos e movo montanhas para não falhar com os outros mas também comigo própria.  E isso implica um grande esforço meu, de muitas horas de sono mas também do tempo com os meus filhos.

Combinei comigo mesma sair às 17h do trabalho, tenho dias que consigo, outros que nem tanto e quando não consigo custa-me muito. Já chego a casa cansada, com pouca paciência e consequentemente com poucas horas de qualidade para os meus filhos.

A Constança na semana que passou sentiu a minha ausência, tive muito pouco presente, dei-lhe pouco da minha atenção e ela perdeu-se no vazio.

Por vezes não é preciso que os outros nos digam, também nós percebemos as nossas falhas e sentimos quando os nossos filhos não estão bem.

Senti-a mais impaciente e com "sede" dos meu braços, a prova disso eram as lágrimas que deitava assim que lhe tirava o meu colo.

O trabalho pode dar-nos muito mas ainda nos tira mais.

E quem disser que o papel de mãe e de profissional são compatíveis é porque deseja muito pouco para ambos os papéis porque é impossível estar a 100% nos dois lados.

É normal falharmos, não somos invencíveis do tempo e é preciso percebermos que uma mãe tem várias vidas dentro dela e que nem sempre conseguimos alcançar o equilíbrio em todos os nossos papéis.

Look Mum | Monkiki





Halloween

28.10.20

Não sou fã do Halloween mas os meus filhos adoram.

Infelizmente este ano será bem diferente do normal, no entanto apesar de tudo quero que se divirtam e que se deliciem à mesa com doces e travessuras.

Preparei um lanche divertido com sugestões rápidas e feitas em três tempos para um lanche em família.

Utilizei produtos da Condi pois além de gostar da sua qualidade nunca falham nas receitas.

E vocês já começou a pensar no Halloween?





Pãezinhos de leite

Ingredientes
250g leite
100g margarina
50g açúcar
1 saqueta fermento de padeiro Condi
2 ovos
700g farinha
1 c.chá de sal

Preparação
Aquecer em banho maria a margarina, o leite e açúcar. De seguida juntar os restantes ingredientes e amassar até criar uma bola

Acompanhei com compota de frutos vermelhos.

Para a compota:
Ingredientes
1Kg de frutos vermelhos
500g açúcar
Pectina Condi. A Pectina é um gelificante natural. Torna as compotas mais espessas e homogéneas.

Preparação
Envolver tudo num tacho e mexer até ferver e ganhar consistência.

Gomas
Ingredientes
1 pacote de gelatina Condi
1 pacote de gelatina neutra Condi
230g água

Preparação
Coloque num tacho todos os ingredientes e misture bem.
Como não tinha formas para gomas, usei as cuvetes de gelo e resultou na perfeição.


Para a decoração utilizei os descartáveis da Pimm Parties. As abóboras são do Lidl.










Está na hora de (mudar)

28.10.20
Mudei o Tomás para o seu quarto no dia que foi batizado, tinha seis meses. Correu lindamente pois desde esse dia que não acordou mais durante a noite.

O Francisquinho, pela sua forma de ser e por precisar tanto do meu aconchego só foi aos dois anos. 

A Maria Constança vai hoje passar a primeira noite com os seus irmãos. Já tínhamos tentado antes mas sem sucesso, os horários do deitar ainda estavam desencontrados e rapidamente voltou para o nosso quarto.

Nunca tive muitas pressas com a mudança do quarto, acredito que cada bebé dá os sinais quando se sente preparado. 

Tudo a seu tempo. Há quem defenda que devem ir nos primeiros meses para que se habituem a regular-se sozinhos e há quem defenda que só a partir de um ano o cérebro está preparado para esta "separação".

A minha opinião é que devemos respeitar o bebé que temos, sem comparações com os demais. O certo para o meu bebé pode ser o errado para o bebé da outra mãe. Não acredito que existam fórmulas.

Quando mudam, crescem na autonomia, e embora pareça algo simbólico é um grande passo para a sua maturidade.

A Constança começou a dormir a noite toda e está com um sono bastante tranquilo, e foram estes sinais que me levam a achar que está pronta. 

Vai juntar-se ao quarto dos irmãos e será ali que vai criar memórias. De ralhetes por não adormecerem e dos acordares em bando.

Não sei se vai correr bem, acredito que sim, mas se não correr volta para junto dos pais. E sabem que mais? Independentemente do que for "Está tudo bem".

E vocês como gerem o momento de transitar de quarto?






Fim-de-semana em Tróia

26.10.20

Um fim-de-semana idealizado pelo meu pai, marcado e remarcado várias vezes.

E mesmo com o tempo instável e um país a entrar uma vez mais em estado de contingência fomos. O destino foi Tróia e sabíamos que estaríamos exclusivamente em família e fora de aglomerados de pessoas.

Foram dois dias fantásticos, em que vivemos numa tranquilidade imensa, como só troia nos sabe transmitir.

Passeamos pela praia, onde levantamos a areia entre brincadeiras. E apreciámos o silêncio e o som das arvores e do mar ao longe.

Um retiro que nos fez esquecer por momentos o mundo lá fora. 

Estávamos em três vivendas mas que nos centrávamos numa só para as grandes conversas, as gargalhas e as histórias do passado. Brindámos à família e ao amor que nos une.

Não levei nenhum único brinquedo, o que fez com que eles tivessem que puxar pela sua criatividade. Brincaram e exploraram a natureza, saltaram e correram até ficarem sem forças. 

Senti verdadeiramente que eles estavam felizes. Respiraram ar puro e viveram o amor na sua plenitude e isso é o mais importante.

O nosso fim-de-semana foi assim, e o vosso?

Ficámos no Tróia Residence e adoramos pelo conforto, tranquilidade e envolvência.



A minha cozinha nova

22.10.20

 Adorava ter uma cozinha grande, não que passe grande parte do meu dia lá, mas é seguramente das divisórias mais importantes e que melhor bem estar me causa.

Das coisas que mais prazer me dá é encher o frigorífico e a dispensa de cor. É ali que me organizo e que tudo começa. Se não tiver uma cozinha organizada dificilmente encontro equilíbrio para as minhas inúmeras tarefas.

Não sou uma cozinheira eximia, nem tão pouco criativa mas sou esforçada para proporcionar à minha família uma alimentação equilibrada.

É ali que reúno a família e amigos para grandes almoços e jantaradas.

De tempos em tempos, destralho a cozinha, sempre em busca de uma maior organização e de mais espaço mas por ser pequena nunca consegui chegar ao que queria.

A quantidade de alimentos repetidos que tinha na dispensa era prova disso porque como deixava de estar no meu campo de visão, perdia-me na hora de ir às compras.

Até que tropecei na página da Bruna - Organizar c' Alma, e lhe pedi ajuda. Uma querida disponibilizou-se para me ajudar e fazer milagres.

Foi a minha casa, viu onde estava o "problema", entregou-me uma proposta, ajustamos com as minhas necessidades e voltou mais tarde para fazer milagres.

Hoje tenho uma cozinha organizada, funcional e que me equilibra para as minhas outras tarefas.

Vejam o vídeo da mudança 😃

Espero que gostem!!





A sorte procura-se

20.10.20



Quando o Tomás nasceu a palavra ou melhor as palavras que mais ouvi, foram duas: Intervenção Precoce. Não havia tempo para esperar, era começar o quanto antes pois embora houvesse coisas que não fizessem muito sentido, tinham que ser feitas, pois quanto mais estímulos ele tivesse mais potenciaria o seu desenvolvimento.

E se queria que mais tarde fosse aceite na sociedade, levei a intervenção precoce como bíblia para a minha vida. Foi aqui que apostei tudo. E que também me fez abdicar de outras coisas, tudo em prol de um bom desenvolvimento.

Dei-lhe a oportunidade de vivenciar todas as terapias que a meu ver o iam beneficiar. Experimentei muito mas acreditei ainda mais. Confiei!

Mas é preciso perceber o que existe e fazer escolhas. Se acreditamos é confiar e não continuar à procura de respostas que teimam em nunca chegar. É certo que não saberemos se as nossas escolhas serão as mais acertadas mas a vida é mesmo isto.

Uma vez o meu marido disse que não sabia se o que fazíamos era o melhor, mas que preferia tentar, do que viver na incerteza do "se" e não posso estar mais de acordo.

É tendencioso da nossa parte irmos em busca de respostas, mas o excesso de informação pode também a desfocar-nos do que realmente é importante.

Todas as terapias são importantes, mas nem todas se enquadram com a criança ou na dinâmica familiar. É escolher com o coração e com a certeza que fazemos o nosso melhor.

No nosso percurso já contamos com muitas profissionais,  umas que não criei laços, outras que passaram a ser um bocadinho também nossas.

Tive azares e sorte como tudo na vida. E em seis anos percebi o que queria para o Tomás. Uma equipa coesa, que fosse mais além do esperado.

Nem sempre é fácil encontrar, mas encontra-se. É apenas preciso acreditar e experimentar.

A Inês é exemplo disso, ex-estagiária de uma terapeuta que me deixou ótimas memorias. Hoje é a terapeuta do Tomás e do Francisquinho e vai muito além da sua profissão. 

Trabalha com alma e isso nem todos conseguem pois há coisas que não se aprendem em cadeira de faculdade.

A sorte procura-se e acreditem que eu procurei muito para ter a melhor equipa a trabalhar com o Tomás.

Resultado disso é o seu sorriso quando está em terapia.



Desenvolve-T




6 Estratégias para ajudar as crianças no momento em que estão hospitalizadas

19.10.20

No artigo anterior falei-vos sobre algumas reações e comportamentos gerais que a criança pode apresentar quando passa pela experiência da hospitalização. O objetivo é conseguirmos minimizar ao máximo o sofrimento da criança. Sabem que a hospitalização em determinadas situações pode ser inclusive uma oportunidade de aprendizagens positivas? Sim! Por exemplo é durante o internamento que por vezes os pais aprendem a massagem de relaxamento ao bebé…ou a saber interpretar o seu choro! Como profissional é esse o objetivo.

Quero partilhar convosco a minha visão pediátrica do cuidar as crianças e família que faz diferença quando existe um internamento ou um processo de doença. Funde-se com o conceito de parceria. Os familiares são atores principais, conhecedores privilegiados da criança e por isso “meus parceiros”. No entanto, é também importante que os pais saibam que as suas manifestações influenciam o comportamento da criança, mas que é legítimo terem as suas fragilidades e limitações, devendo recorrer aos profissionais de saúde para obter suporte. Não têm que estar sozinhos. Assim nesta dinâmica de equipa será mais fácil vivenciar o processo da hospitalização. Concordam?

Apresento-vos algumas estratégias que podem ser utilizadas pelos familiares ou outros cuidadores significativos da criança. São estratégias gerais e mais uma vez refiro que são necessárias adaptações à idade da criança. Aqui com certeza vão ter a ajuda do “vosso” enfermeiro.

Estratégias para aumentar o conforto da criança: 
  • Estar consciente para as alterações comportamentais da criança e conhecê-las (ver artigo anterior)
  • Garantir a presença de um acompanhante significativo para a criança. Está comprovado que esta presença representa melhores respostas ao nível físico (redução de níveis de dor, insónia…) e ao nível emocional (menor irritabilidade, agressividade). 
  • Sempre que possível manter-se na “linha visual” do bebé, tocar e oferecer afetos, mimo! 
  • Permitir a sucção não nutritiva (chuchar) provocando prazer e com isso afastamento do medo e ansiedade. 
  • Utilizar os objetos significativos da criança (ex: fraldinha de pano, numa criança mais velha pode ser uma foto, o seu telemóvel!) 
  • Sempre que possível preparar a criança para os acontecimentos. Deixá-la contatar com o material (brincadeira lúdica) (ex: mãe e filho colocarem a touca cirúrgica, manipularem uma seringa e deixar fazer uma “pica”no boneco!), contar histórias que a aproximem da realidade vivenciada: ”O Diogo vai ser operado!” “Anita no Hospital”. Brincar com o Playmobil do bloco operatório, desenhar o corpo humano identificando o local afetado… 
De acordo com a idade da criança encorajar a sua participação no processo de tratamento, incluí-la nas conversas, sempre em articulação com o enfermeiro responsável. Importante permitir a verbalização e exteriorização de sentimentos da criança e deixar sempre bem claro que os procedimentos não são punição (daí ser totalmente ERRADO os pais ameaçarem as crianças com “olha que se te comportas mal a Enfª dá uma pica!).
Fazer por manter ao máximo as rotinas familiares da criança (hora do banho por exemplo)
Proporcionar, tanto quanto possível, a liberdade de movimentos
O recurso a: Medidas de distração (musicoterapia, jogos, vídeos lúdicos, histórias), Relaxamento/Diminuição da tensão muscular (Massagem-proporcionando o relaxamento através da libertação de hormonas do relaxamento, Posicionamento de conforto, Respiração lenta/ou profunda, Mindufulness, Aplicação de Calor/Frio). Relaxamento criativo em momentos de dor ou procedimentos dolorosos (por exemplo imaginar que somos leves leves como o algodão, bater palmas com muita muita força! 

Utilizar o reforço positivo com palavras encorajadoras e a recompensa.
Dentro do possível tornar o meio hospitalar o menos “formal” possível, adaptando-se ao mundo da criança.

Talvez possam sentir que terão dificuldade em aplicar estas estratégias …mas como disse não estão sozinhos. Os profissionais de saúde irão ajudar. Neste período pandémico que atravessamos vemos medidas aqui referidas com algumas limitações a serem aplicadas, no entanto todos estamos sensíveis ao superior interesse da criança.

Enfª Ângela Baptista – Especialista em Saúde Infantil e Pediátrica



______________________________________________________________________________________________________Nota Bibliográfica: Guias Orientadores de Boas Práticas de Saúde Infantil e Pediátrica – Vol II Ordem dos Enfermeiros 2011