2020

31.12.20
2020!

O ano que nos testou da forma mais crua que alguma vez podíamos imaginar.

E quando as doze badaladas tocaram e delineamos novas metas e objetivos estávamos longe de imaginar que  este ano seria tão atípico.

Um ano diferente, que nos testou, de grandes ensinamentos, que nos tirou muito, mas que também nos deu tanto.

O ano não começou da melhor maneira, onde sofri uma queimadura de segundo grau, que me levou às lágrimas e que me fez desejar ter dez filhos seguidos sem epidural tais as dores que senti.

O ano que nos obrigou a ver a vida tal como ela é, sem grandes floreados. Onde por momentos deixou de existir o rico ou o pobre, o preto ou branco. Percebemos que naquele momento éramos todos vulneráveis e que afinal o dinheiro apenas tem a importância que lhe damos, pois se não houver saúde, por mais dinheiro que se tenha, de nada vale.

O ano em que fomos obrigados a viver dentro das nossas casas e a viver em exclusivo para os nossos filhos. 

E não tirando as dificuldades todas que isso implicou, foi a maior oportunidade que o mundo nos podia ter dado. Talvez tenhamos perdido (muito) dinheiro mas os nossos filhos ganharam algo que nunca será mensurável: a nossa presença! Já nós ganhamos o privilégio de cozinharmos para eles, de lhes ensinarmos e de estarmos com eles sem olharmos para o relógio.

O ano que nos mostrou quem queremos realmente ao nosso lado, que nos permitiu não fazer fretes, que nos deu liberdade para escolher sem ressentimentos.

Porque os que gostamos verdadeiramente, continuámos a cuidar, a apoiar e amar mesmo à distância.

O ano em que mesmo com uma pandemia pelo meio voltei a conquistar uma amizade levada por mal entendidos à sete anos.

O ano em que a nossa família ficou mais pobre com a perca da minha avó e dos avós do meu marido. 

O ano em que me entreguei a um projeto que me é tão querido. O Desenvolve-T. Ali abracei famílias de braços abertos, chorei as suas dores mas vivi as suas vitórias como minhas. O ano em que o Desenvolve-T cresceu mesmo no meio de tanta adversidade.

O ano em que o meu coração parou de bater, quando vi o Tomás a ir, para um bloco operatório. 

O ano em que o meu marido mostrou que não existe amor maior que o de um pai para o filho quando tatuou uma cicatriz tal como a do Tomás para que ele nunca se sentisse sozinho.

O ano em que ganhei e que perdi! Não foi um ano para esquecer, mas sim um ano que será sempre lembrado de forma diferente.

O ano que nos mostrou as maiores fragilidades. E que nos fez valorizar o que de facto importa.

Um ano promissor que nos fez desejar tantas vezes que acabasse.

O ano 2020 que ficará para a história do planeta terra!

Sendo que amanhã quando acordarmos continuaremos a viver o rescaldo de 2020.

Podia desejar muito para este novo ano, mas os meus desejos não vão além de esperança, amor e saúde! É apenas isto que vos desejo 💗

Sendo que o melhor ainda está para vir...

Look 
Calções e Fofo | Mary Tale
Camisola | Chicco
Gola | Maria Costura 
Carneiras e meias | Pés de Cereja 




As minhas receitas do Natal

28.12.20

Tenho por hábito fazer todos os doces de Natal, não que tenha alguma coisa contra quem os compre mas das memórias que mais tenho presente da minha infância, era de acordar e ver, a minha mãe, avó e tia de mangas arregaçadas a bater massas e quero muito que esta tradição se mantenha na nossa família.

Hoje sou eu que assumi o lugar da cozinha juntamente com a minha avó e mãe.

Não que as receitas tenham algum segredo mas o amor que é depositado a cada massa batida faz com que os nossos doces sejam maravilhosos.

Deixo-vos com alguma receitas que me pediram. Espero que gostem :)


Bolo Rainha

Ingredientes

70g açúcar em pó

Casca de 1 laranja e 1 limão

120g leite

70g manteiga

3 gemas

40g fermento de padeiro (uso fresco)

30g vinha do Porto

420g farinha 

1 pitada de sal

Frutos secos a gosto

Preparação

Rale as cascas  dos citrinos. De seguida junte o leite, a manteiga e mexa em lume brando. De seguida bata tudo para que fique tudo envolvido.

Com a batedeira ligada junte as gemas, o fermento, o sumo de laranja, o vinho do Porto e misture por alguns segundos.

De seguida, junte a farinha e a pitada do sal pouco a pouco.

Assim que tiver tudo envolvido amasse a massa até ficar em forma de bola. Deixe repousar até dobrar de volume.

Assim que a massa levedar pressione a massa para que o volume baixe e amasse mais um pouco. De seguida junte os frutos secos a gosto.

Em papel vegetal forme uma bola, e dê-lhe a forma de uma rosca, pincele com a gema de ovo e decore com frutos secos.

Leve ao forno cerca de 25minutos a 180º.

Um Feliz Natal

24.12.20

 Num ano tão difícil como o que está a passar desejo-vos um Natal muito feliz, no aconchego dos vossas queridas pessoas, com abraços quentes porque também nos alimentamos deles.

Que seja um noite abençoada de amor e união é o que vos desejamos.

Um Santo Natal!

Centrimagem




Um Natal diferente

23.12.20

Num ano tão atípico, o Natal será certamente diferente em tantas famílias. 

Estes meses obrigaram-nos a adaptar a nossa vida para uma realidade que tantas vezes teimamos em esquecer mas o vírus continua aí e é importante que não nos esqueçamos disso, por nós e também pelas pessoas que gostamos.

As compras foram feitas de forma diferente, e os festejos limitados ao máximo. Não houveram abraços e brindes à mesa da forma "corriqueira" a que estávamos habituados e talvez no meio de tudo tenha sido o que mais me custou.

Felizmente este ano pertenço aos sortudos de ter uma família pequena e que pouco ou nada faremos de diferente mas tantos Natais "invejei" aquelas famílias grandes, que se perdem entre trocas de presentes e gargalhadas, das mesas cheias que se perdem de vista.

A minha família à exceção do meu marido é muito pequenina, consequência dos meus pais serem filhos únicos por isso o nosso Natal embora cheio do mais importante: Amor é com as mesmas pessoas que privamos diariamente.

No entanto Natal é Natal e aquela noite tem sempre um sabor diferente.

Só por si será um Natal mágico. Os meus filhos começam a crescer a a viver o espirito do Natal com aquele brilho no olhar que derrete qualquer coração. 

Quero acima de tudo que seja uma noite muito feliz, cheia de amor e de saúde porque se houve lição este ano foi que a vida não está adquirida e que o fuuto nunca foi visto tão incerto como agora.

Nos tempos que correm não desejo muito além de união, amor, comida na mesa e saúde! Sem isto a vida já nos provou que não vale nada.


Look 
Baby By Pikis
Pés de Cereja
Fotografia
Centrimagem








Uma competição sem fim

22.12.20

Tenho a certeza que se não tivesse o Tomás como filho, não seria a mãe que sou hoje.

Pelo menos acho que não estaria tão sensível a certos temas ou até mesmo atenta a pequenos sinais de alerta que muitas vezes os nossos filhos nos dão.

É certo que uma mãe quer sempre o melhor para o seu filho, quer que tenha as melhores notas, que seja o mais bem educado, o mais bem comportado, o melhor... o melhor. E de forma inconsciente exibimos os nossos filhos como se tratasse das nossas próprias taças. Esquecendo que esse incentivo muitas vezes incute uma competição não saudável nos nossos filhos.

Ainda na última reunião que tive na escola do Tomás a diretora apelou ao pais, mais bom senso e sensibilidade para este assunto. É importante que eles queiram ser os melhores e que tenham ambição mas nunca que seja contra os seus amigos. Deverá ser acima de tudo uma competição com eles próprios e nunca com os demais e nós como adultos sabemos bem o que é viver num mundo competitivo e o quantas coisas negativas isso pode trazer.

No entanto é importante não esquecermos que cada criança é uma criança e que todas elas têm o seu próprio desenvolvimento e que nem todos correspondem às guidelines pré-estabelecidas.

Estas existem apenas para balizar e orientar mas nunca as tendo como bíblia, por exemplo eu tenho três filhos e todos eles tiveram um desenvolvimento diferente. Cada criança é uma criança e os estimulos que têm à sua volta pode potenciar mais ou menos o desenvolvimento. É importante não viver obcecado com as diretrizes mas também não devemos descurar pequenos sinais.

E muitas vezes queremos tanto que eles sejam os melhores que nem vemos os sinais que eles nos enviam. 

E quando somos alertados a tendência é desvalorizar ou mesmo arranjar mil e uma desculpas para o que vemos diante de nós.

Talvez seja o medo do desconhecido que nos faça esquecer o assunto, e tantas vezes a fuga que teima em não aceitar o obvio. 

Esquecendo-nos de que o desenvolvimento nas crianças é algo veloz e que corre entre nós. Não é desvalorizando ou até fingir que não existe, que desaperece pelo contrário.

Na dúvida peçam ajuda a quem sabe, perguntem e esclareçam-se pois o pior cego é aquele que não quer ver.

E o tempo jamais voltará atrás.

Calções | Puro Mimo
Malha | Amor Algodão
Carneiras e Meias | Pés de Cereja




Exaustão Mental

17.12.20

 Ontem vi no Instagram da Pediatra Joana Martins, um post sobre exaustão mental e de facto acho que nunca tinha visto uma explicação tão bem dita como a que li. Algo que tantas mulheres falam mas que poucas pessoas compreendem.

Começa muitas vezes pela falta de noção dos nossos maridos e com isto não é dizer mal deles, muitos deles ajudam muito, eu própria tenho a "sorte" de ter um marido que está sempre pronto para mudar fraldas, dar banhos, dar comer e até fazer as tarefas domésticas.

Mas o problema aqui é que este começa em nós, porque é que nós lhes pedimos ajuda? Porque é que é algo que não acontece de livre vontade? Porque é que a palavra ajuda existe dentro de uma casa, se o trabalho devia ser dos dois sem medidas e sem pedidos de ajuda?!?

Porque é que não é a mulher a ajudar? Acredito que isto não é de agora mas de uma sociedade que sempre obrigou a mulher a assumir o comando da sua casa, mas também muito pela nossa forma de ser, por sabermos que nós fazemos melhor e isto é tal como uma bola de neve. É um embrulho gigante e que tantas vezes nos leva à exaustão.

Acredito que os nossos maridos, não o façam por mal, mas o que é certo é que eles não conseguem sequer dimensionar o que está por de trás de uma casa. Não é só o trabalho físico que implica, que este pode ser mais ou menos dependente das ajudas extras que temos.

Falo do pensar, de saber todas as responsabilidades dos nossos filhos, de saber o que falta na despensa, de saber os dias que é necessário levarem fato de treino para a escola, de pensar o que é o almoço e o jantar, de saber que há a amiguinha faz anos e que é necessário comprar o tal presente. 

E isto perdoem-me, os homens, mas poucos são os que assumem o comando. É o pensar em tudo. É a subcarrega que temos em cima de nós que muitas vezes nos levam à exaustão mental.

É a responsabilidade de uma família inteira nas costas em que não temos margem de erro para falhar e quando esse erro aparece somos invadidas por um sentimento de culpa que nos atormenta ainda mais.

Somos obrigadas a pensar em tudo e em estar em todas as frentes. E mesmo quando os nossos maridos "ajudam" é porque já pensamos por eles e é disto que falo pois embora nos alivem o trabalho, a carga mental continua.

O pensar não nos mata, mas leva muito de nós. 

O meu marido diz em jeito de brincadeira, que o meu cérebro ficou no bloco de partos e eu dou-lhe razão, ficou, e nunca mais o recuperei. Hoje esqueço-me de tudo e sou das que tem de apontar tudo para garantir que não me esqueço, pois o meu cérebro está sempre a pensar e processar informações, de tal forma que por mais vitaminas que hajam este não aguenta.

E quando nos perguntam o que precisamos, uma vez mais estão a demitir-se das suas responsabilidades, pois para nós termos uma resposta, já tivemos que pensar previamente em tudo o que nos faz falta.

A simples pergunta como "o que vamos fazer este fim-de-semana" é exemplo disso. Para algo acontecer, alguém teve de pensar, de planear e de se organizar.

E enquanto a palavra "ajuda" continuar a existir entre o homem e a mulher, nunca se conseguirá viver em equilíbrio.

Até o dia em que tudo falha e que deixamos de aguentar e entramos num burnout.

Estejamos atentas, ouçamos o nosso corpo porque se falharmos, tudo falha.





Festas de Natal Suspensas

16.12.20

Sou das mães que vibra com cada conquista dos filhos, das que se prepara semana antes para garantir que quando o dia da festa chega garante os lugares da frente. Das que fica ansiosa só de pensar no nervosismo dos filhos atrás do palco.

Mas este ano tudo está diferente, o Natal foi-nos roubado da forma mais cruel que poderia ter sido. E embora tenhamos liberdade para viver o espirito de Natal no dia 24 e 25 houve muitas coisas que nos cortaram, os musicais, os espetáculos e até à azafama que se sentia noutros anos nas lojas.

E embora tenha tentado levar uma vida "normal" dentro desta "anormalidade" continua a custar-me ver os nossos filhos a perderem tanta coisa.

Um concerto que para muitos pode ser insignificante ou até visto como algo supérfluo foi substituído pelo online.

E eu como mãe vejo-me na obrigação de minimizar a decepção dos meus filhos quando perceberem que quando chegar a Sábado, vão ver o Panda e os Caricas pela Televisão tal como fazem todos os dias do ano.

E se até então fazia com que eles tivessem pouco tempos ligados à Televisão e aos tabletes. agora muitos dos programas são vistos por esta via. E para mim isto é um grande contra-senso mas também a realidade destes tempos que espero que demorem já pouco a passar.

Mas hoje as lágrimas caíram-me quando o meu Francisco exemplificou-me com rigor a sua festa de Natal. E que bem que estava, que orgulho senti em vê-lo a dançar e a cantar tão feliz. Senti naquele momento que lhe tinha sido roubada a minha presença, os meus aplausos na primeira fila. 

Custa muito ir assistir a uma festa que é talvez dos momentos mais importantes e que mais recordações lhes deixam na infância através de um écran. 

Existem tantas coisas piores, mas custa-me muito aceitar tudo o que os nossos filhos estão a perder, talvez por ter consciência que a idade deles jamais voltará atrás. 




 

O meu campeão

15.12.20

 Cresceu e eu nem dei por isso...

Seis anos, o "fim" da grande meta do desenvolvimento. O check mate para a solidificacão de tantos conhecimentos. 

Aquela meta que achei que estava tão longe e que chegou tão perto.

Foram seis anos duros pelo trabalho que envolveu, pelo dinheiro gasto em terapias e que valeram cada cêntimo, de grandes vitórias e conquistas. De murros na mesa, de lágrimas de frustração, de dúvidas e incertezas mas de uma felicidade imensa. 

Seis anos que não os senti de tão rápidos que passaram.

Está a um passo de entrar numa das grandes metas de uma criança: o primeiro ciclo e ainda existe tanto para solidificar. Este será um ano letivo ambicioso a vários níveis mas que chegaremos a Setembro com a certeza que o caminho faz-se caminhando, mesmo que este não esteja na perfeição exigida.

Há seis anos que acreditei num método de estimulação intensivo e hoje olho para trás e ainda nem acredito que já passaram por nós seis níveis de desenvolvimento, restando apenas um para a sua "alta". Foi e continua a ser um caminho muito trabalhoso, de uma grande resiliência e também de uma grande força, não minha, mas do Tomás.

Seis anos em que ele me deu a mão e não duvidou do que eu tinha para ele. Ainda sem saber para o que  ia, com quatro meses, disse-lhe bem baixinho que ia conseguir e que iria sair dali, só com um programa concluído.

Quando escolhi o Método Glenn Doman, sabia o que implicava, o trabalho que seria necessário fazer mas também sabia dos resultados a médio e longo prazo.

Não me enganei, e embora o Tomás ainda esteja imaturo em alguns aspetos, está no caminho de atingir o patamar máximo deste programa tão ambicioso e quando esse dia chegar, será de festa.

Com seis anos faz o que esperava que fizesse, tem uma autonomia que lhe dá voz, fala, anda, corre e é acima de tudo FELIZ!

Disse-lhe que este caminho não seria fácil, que seria só para os melhores, e que se algum dia a felicidade dele tivesse em jogo aí sim eu recuava de imediato até lá por mais lágrimas que houvessem iriamos continuar sempre de mãos juntas até as forças nos faltarem.

A prova viva, que se és capaz de sonhar, és capaz de fazer! O meu maior orgulho! O meu campeão.






Quatro dias de sonho numa Farmhouse

10.12.20

Em tempos, muito por acaso, conheci a I go Travel, uma agência de viagens, que procura ir de encontro às necessidades de cada família, proporcionando experiências inesquecíveis. No nosso caso querámos algo que nos afastasse de aglomerados de pessoas, que desse para descansar e que houvesse muito espaço livre para as crianças brincarem.

E no meio de algumas ideias, surgiu o Craveiral que até ao momento não conhecia. Quando a Andreia me apresentou percebi que era exatamente aquilo que procurava.

Uma Quinta, com muito campo para que eles pudessem correr livremente, animais para dar de comida, andar de cavalo e com uma vertente muito sustentável e ecológica.

E embora não seja uma "hotel" exclusivamente a pensar nas crianças, procura proporcionar programas para que elas se possam divertir e aproveitar os dias ao máximo e os meus filhos alinharam em tudo, desde o passeio ao cavalo, ao chef de cozinha em que fizeram umas bolachas e à noite de cinema. A doraram(tudo).

Estavam super felizes!! 

E embora com três crianças nunca se consiga descansar no sentido pleno da palavra, o ambiente que envolve a quinta faz-nos esquecer tudo o que nos rodeia. Aproveitámos os nossos filhos ao máximo e eles tiveram a sorte de ter os pais só para eles, livres de responsabilidades.

Ficamos numa casa com dois quartos independentes, o que permitiu também usufruir do tempo em "casa" com a máxima comodidade. São casinhas, bastante acolhedoras e com uma cozinha bem equipada para que possamos fazer as nossas refeições.

Para evitar esse trabalho e também por não saber exatamente a forma como a cozinha estava equipada, optei por levar tudo feito de casa. Basicamente preparei comidas saudáveis e práticas para que fosse só preciso aquecer.

No entanto não podemos deixar de ir experimentar as famosas pizzas da cozinha da quinta e de facto são maravilhosas e que me vão levar lá mais vezes.

Outra das coisas que também adorei foi o pequeno almoço, uma carta simples, mas cheia de sabor e de qualidade.


Foram sem dúvida quatro dia maravilhosos, que deu para renovar energias e que serviu para lhes dar um pouco mais do nosso tempo.

Aconselho, seja com crianças, ou sem vão adorar.

Se precisarem de ajuda para planear um fim-de-semana ou umas férias em família,  vão à I go Travel. Não se vão arrepender.







O ano da família

9.12.20

Se tiver que escolher uma palavra para descrever este ano que chega ao fim é: Família! Foi um ano ambicioso e que exigiu muito de nós pais e também dos nossos filhos.

Acredito que muitos de nós nunca tínhamos estado tanto tempo com os nossos filhos. Muitos foram obrigados em redefinir prioridades, a meter a vida em perspetiva e até meter o lado profissional em suspenso.

Houve quem achasse uma oportunidade e quem achasse uma loucura. Eu achei que foi uma oportunidade louca mas que será recordada para sempre com muito amor e emoção à mistura.

Nem todos os dias foram fáceis, chorei de dores no corpo por não aguentar mais e acima de tudo por perceber que não soube ser a professora que queria para os meus filhos. Falhei várias vezes, reformulei vezes sem conta estratégias para uma dinâmica familiar saudável. E tive a sorte de ter um marido que embora estivesse em tele trabalho me deu a mão nos períodos mas cruciais.

Hoje olho para trás e recordo com saudades aqueles meses em que me perdi e reencontrei vezes sem conta nos meus filhos, numa casa e numa cozinha que até então desconhecia.

Virei empregada da minha própria casa, professora dos meus filhos, mãe, cozinheira michelin e uma profissional à distância.

Um ano que começa a aproximar-se do fim e que ficará marcado para sempre nas nossas memórias. 2020 não foi o ano da nossa vida, mas foi o ano que nos obrigou a pensar no que realmente importa. Mostrou-nos quem são os amigos que nos fazem falta e os que afinal são meros conhecidos. Mostrou-nos que família, saúde e o amor são a base do ser humano.

Foi um ano que nos tirou muito mas que nos deu também.

O ano que ficará marcado para sempre como o da família. Aquele em que vivemos todas as etapas dos nossos filhos, em que aplaudimos na primeira fila as suas vitórias e consolamos na tristeza. Assistimos às suas quedas e ajudamos a gerir as suas frustrações.

O ano em que tive oportunidade de ser mãe a 100% mesmo que tenha sido por pouco tempo.

E para vocês o que é que este ano representou?




Respeitar o tempo dos nossos filhos

3.12.20



 A experiência fez-me olhar para cada meu filho como pessoa única. Sei as deadlines principais do desenvolvimento mas não faço disso a minha bíblia, talvez o Tomás me tenha ensinado isso mesmo.

Cada criança é uma criança e como tal tem o seu ritmo.

E como mãe de três filhos, posso afirmar que embora a base da educação seja a mesma, tenho três crianças completamente diferentes.

A Maria Constança dos três foi quem desenvolveu mais rápido mas acredito que isso deve-se maioritariamente por ser a terceira, tem um estímulo que mais nenhum deles teve, e a juntar a isso temos o facto de ser menina. 

Mas embora ela seja super despachada e tenha comportamentos de uma criança de dois e três anos, continua a ser uma bebé e como tal continua a dar noites, a pedir colo e a ter mau feitio na hora de comer.

Quando decidi mudar a Constança do quarto, foi numa tentativa de perceber se ela já estava preparada, ela já tinha mostrado sinais de estar pronta para dar esse passo, mas assim que a mudei ela rapidamente mostrou que não estava ainda preparada.

E não houve nenhum drama com isso, voltei a reformular o quarto e regressou para junto de mim. 

Até que os meses passaram e com a mudança do quarto, voltei a tentar, sabendo que podia correr bem ou não, mas não quis de deixar de tentar. O que é certo é que quatro meses chegaram para ganharr a maturidade suficiente para fazermos a mudança de fora tranquila. No entanto continua a adormecer ao colo, e tem noites que dorme seguido até às seis, mas também tem noites que às três já me está a chamar e lá a vou buscar para se aninhar a nós.

Esta independência é ganha por eles, e são eles que nos dizem quando estão ou não preparados para esta grande mudança.

Sinto-a feliz no seu quarto com os irmãos e isso é o mais importante. Aquele quarto é o ponto de equilíbrio dos três e é ali que quero que se encontrem.

Se a meio da noite um a um começa a ir para a nossa cama não há dramas (pelo menos para nós). 

Sou a favor de respeitarmos o tempo dos nossos filhos porque cada criança é uma criança e o que pode funcionar para um não funciona certamente para o outro.

E se estivermos tranquilos eles vão sentir isso e serão crianças seguras de si próprio. E desengane-se quem acha que as crianças que mais precisam de colo são as que no futuro são mais inseguras, só serão se esse colo lhes for retirado prematuramente.

Na dúvida ouçam o vosso coração e dos vossos filhos. 💗 





O meu grande Amor

2.12.20

Gerir uma família não é fácil. E por mais que exista monotonia esta nunca é levada à letra porque todos os dias são diferentes.

Tapa-se um lado e destapa-se o outro, tal como os cobertores no inverno.

É preciso respirar fundo várias vezes, ajustar prioridades vezes sem conta em prol de um bem comum.

É preciso sonhar mais além e ambicionar por nós e por eles.

Traça-se um caminho e segue-se pé ente pé até chegarmos ao destino.

Ninguém disse que seria fácil, mas todas as pessoas dizem que ninguém vive sem amor e sem a partilha. E eu acredito!

É fácil nos deixarmos atropelar pelos nossos três filhos. Mas depois ao mesmo tempo que nos perdemos encontramo-nos nos olhares trocados entre as tarefas diárias.

Ele faz-me recuar no tempo e eu levo-o a fazer coisas que até então achava impossíveis.

Não me diz que não a nada, mesmo que isso implique algum sacrifício da sua parte. Eleva as minhas ideias e ainda as aplaude de longe. Discreto por natureza, um pai de família, o meu verdadeiro amor.