O meu Francisco Maria

28.2.20
O FM sempre foi muito emocional e reguila, aliás a sua cara apresenta-o logo mas o seu ar de traquinas também deixa escapar um lado mais ternurento.

Eu e ele temos uma ligação muito forte, não que não o tenha com o T e com a MC mas a forma como ele nasceu e como se agarrou a mim desde o primeiro segundo de vida, criou em nós um vínculo muito grande.

Dormiu nos meus braços durante seis meses e mais dois anos comigo. Sempre ali! Mamou até aos dois anos e ainda hoje não gosta de se ausentar muito de casa.

Se há criança que gosta de estar com a mãe é ele.

Quando descobri que estava grávida do FM, decidi que tudo iria fazer para que ele não sentisse qualquer peso nas costas por ter um irmão com necessidades especiais. Ele veio ao mundo por amor e não para vir "tomar conta do irmão". Depois sabia de antemão que ele teria um desafio pela frente pois o T tinha muita atenção virada para ele e eu nunca quis que isso interferisse na sua personalidade ou que lhe criasse alguma mágoa.

Talvez estas minhas preocupações, fizeram com que o protegesse mais e lhe desse sempre muito mais atenção porque o T eu sei que brilha por si.

Dos três é o que está mais doente e o que mais me pede colo. Voltou a dormir agarrado a mim como quando era bebé.

Hoje percebi que passem os anos que passarem é em mim que ele encontrará sempre o seu porto seguro.

O meu bebé grande, o meu Francisco Maria!


8 meses de noites (mal) dormidas

27.2.20
8 meses de um amor que cresce todos os dias mais um pouco.

8 meses de gracinhas e de uns olhos que nos enche a alma.

8 meses cheios de noites mal dormidas.

Aí estas noites malditas que mais parecem pesadelos.

Confesso que nunca fui aquela mãe com filhos fofinhos que dormem desde sempre oito horas seguidas. No início ainda pensei que à terceira tinha acertado mas parece que MC só quis dar o ar da sua graça, porque nos últimos meses as noites têm sido tudo menos calminhas.

Aliás posso arriscar e dizer que têm sido mesmo infernais.

A MC nunca foi uma bebé de dormir muito de dia mas à noite adormecia com facilidade e dormia entre quatro a cinco horas seguidas mas entretanto foi crescendo e aprumando a técnica de não dormir.

Acredito muito em energias e até já pensei que o problema deve estar em mim pois acredito que lhes passo alguma energia que os faz não dormirem, dormirem na nossa cama e que mamem a noite toda.

Com a certeza que não é fome mas sim consolo por algo que não sei bem o que é.

E é nestas noites que o B repete consecutivamente que não vamos ter mais filhos.

A privação do sono é das piores coisas, faz-nos descompensar e andar em piloto automático.

Quero acreditar que possa ser só um pico de crescimento ou até mesmo que seja a vontade em estar com a mãe visto que durante o dia estou a trabalhar.

Sei que existem várias técnicas para os obrigar a dormir mas até ao momento ainda não houve nenhuma que me convencesse pois sinto que todas são anti natura.

O que é certo é que o sono, ou a falta dele é que nos debilita fisicamente e emocionalmente, deixa-nos mais irritados e com pouca paciência.

Neste momento é esta a nossa realidade porque isto de ter um bebé não é um mundo cor de rosa como os livros pintam, é duro, mas ainda não perdi a esperança que a noite seguinte melhore e se dê um milagre.

Sinto que tenho uma cama cheia de amor a custo de noites mal dormidas.

Contudo estão a ser oito meses maravilhosos e aos poucos e poucos sinto que a perco como bebé e isso ainda me custa mais assumir que as noites mal dormidas.

Look | MaryTale 

Placa | Caturra









O nosso Carnaval

21.2.20
Não adoro o Carnaval, aliás não acho mesmo piada. Contudo ganhou graça a partir do momento que fui mãe.

Gosto de ver as crianças mascaradas, de vestirem a pele dos seus heróis e de toda a criatividade que envolve Carnaval..

É giro ver os anos a passarem e eles a vibrar cada vez mais com esta folia.

Não sou aquela mãe criativa, mas gosto de os imaginar com um fato e de preparar tudo de forma a garantir que se divertem ao máximo.

Começa a ser tradição ir à Partyval escolher os fatos de Carnaval, é uma loja que gosto pessoalmente e que tem tudo a pensar nas crianças. Muitos dos fatos são originais como é o caso do Principezinho que escolhi para o FM.

Este Carnaval ainda é mais especial pois já é vivido no meio de duas crianças e uma bebé.

Fomos à Centrimagem registar o momento e não podia ficar com melhor recordação que esta.

Bom Carnaval!!













*




































































Viver com o preconceito

20.2.20
O preconceito consegue ser a palavra mais dura para uma mãe pois vivemos atormentadas por ela.

Talvez pela consciência do que está por detrás de um olhar indiscreto ou de um comentário menos feliz.

Algo simples e até sem razão de ofender mas que nos magoa da forma mais cruel que existe.

Como mãe de uma criança estereotipada aprendi que o preconceito começa e acaba em nós. Somos nós que temos de enfrentar o "problema" que é tudo menos "problema", cabe a nós erguer a cabeça e olhar em frente de "peito inchado" tal como as galinhas o fazem.

Pode ser uma proteção ou até uma forma de viver mas é a forma que encontrei para me proteger do preconceito e de viver feliz.

Não perco tempo a olhar para as pessoas com medo do que podem dizer ou pensar. Simplesmente quero que vejam uma mãe normal com o seu filho porque é isso que sinto que sou.

Quero que vejam normalidade quando vêm a minha família. Sendo que vai-se lá saber o que é ser "normal".

Não podemos depositar nos outros a responsabilidade de os tratarem de forma normal, essa é a nossa responsabilidade. O ser humano vive da imitação, reproduz comportamentos e alinha valores. É aqui que se encontra o segredo.

Não podemos exigir a quem nos rodeia que os tratem de forma igual quando nós somos os primeiros a não fazê-lo por medo ou por zelo.

Talvez tenha sido esse o nosso segredo, a partir do momento, que aceitamos e que choramos tudo o que tínhamos de chorar, não olhamos mais para trás. Era esta a nossa realidade por isso o caminho era em frente e sem rodeios.

Este é o nosso filho! O seu nome é Tomas. Tudo o resto são pormenores.

Jamais a sua trissomia veio antes do seu nome, não quero e nunca irei permitir isso, pelo menos enquanto for viva. Não quero que seja sequer assunto pois tenho consciência que se der ênfase à sua trissomia e às suas dificuldades, elas ganham.

No nosso círculo de amigos, familiares e escola, não vejo diferenças. Todas crianças brincam, todas fazem as suas birras, todas comem as suas gomas. Nunca senti que o meu filho fosse mais ou menos que outra criança.

As crianças não vêm diferenças, talvez pela sua sensibilidade, percebam que em algumas coisas o T pode ter uma maior dificuldade mas isso não chega a ter importância necessária para o tratarem de forma diferente.

Em tempos numa conversa com amigos, diziam-me, que era incrível a nossa forma de estar, que tínhamos conseguido que eles não vissem para além de uma criança e nesse dia percebi que tudo depende da nossa atitude.

Por isso mães aceitem, olhem em frente e não tenham medo dos outros. É a nossa forma de estar que vai definir a forma como os outros olham e agem connosco. Não se preocupem com os ignorantes porque esses haverão sempre...

Um beijinho apertado para todas as mães que passam pelo preconceito.





















O (vício) bom da mama

19.2.20
Sou a favor da amamentação mas também não condeno quem não o seja.

A escolha de amamentar ou dar leite adaptado tem de ser uma escolha da mãe e não das pessoas que a rodeiam.

É uma escolha como tantas as outras.

O mesmo acontece com o desmame, só faz sentido enquanto a mãe e o bebé quiserem. Não temos que esforçar o momento porque este deve ser natural.

Do T amamentei até aos cinco meses e por alguma pressão da sociedade desmamei precocemente, sem eu sentir essa mesma necessidade. Do FM, já não me deixei levar pela pressão e amamentei até eu e ele querer, foram dois anos de muita maminha. E com a MC já vamos com setes meses de muita maminha.

Não tenho nenhuma meta porque para mim só faz sentido que seja até ambos quererem. É um momento nosso, desgastante por vezes (principalmente à noite) mas igualmente maravilhoso.

Gosto que ela procure a mama para se consolar porque a partir de uma certa altura é esta a função da mama.

Já vi bebés desmamarem com seis meses e com quatro anos e ambos estão certos. Aqui não existem fórmulas mágicas, a amamentação é tudo menos matemático. É variável, depende da mãe e do bebé.

Por isso sou a favor de ser até quando ambos se sentirem felizes! Com a certeza que nenhum filho meu mamará aos dezoito anos.

A amamentação continua a ser o alimento mais completo para os bebés e o que transmite um maior vinculo com o bebé, contudo não é quem dá mama que ama mais. O amor de uma mãe não se mede por leite materno. É apenas uma escolha no meio de tantas outras.

É dos assuntos que gere mais polémica por isso existe uma pressão tão grande para amamentar, também é dos testes mais difíceis de ultrapassar na maternidade pois são as dores, são as dúvidas, são as noites, as gretas e a pressão, tudo num só. É um caminho mas depois de estabelecido é só a melhor coisa do mundo.

É um vicio nosso e do bebé mas dos bons!












As rotinas do fim do dia

18.2.20
O fim do dia consegue ser o melhor e simultaneamente o pior do meu dia.

É a verdadeira "loucura". E por mais que projecte um fim de dia calmo ele acaba sempre caótico e comigo a adormecer no sofá.

Assim que os vou buscar à escola, desligo do mundo lá fora. Não foi fácil deixar o telefone de parte, levou anos até que eu o conseguisse fazer mas consegui. É um processo que demora o seu tempo a adquirir mas com disciplina consegue-se.

Naquelas poucas horas quero que eles apenas me sintam porque já é tudo tão a correr que se eu ainda tiver ao telefone não lhes consigo dar a atenção que merecem.

Chego a meter o telefone no silêncio e são raras as mensagens, telefonemas ou emails que vejo em tempo real. Assim que adormecem tenho tempo para ver tudo.

O jantar se tiver previamente feito torna a logística muito mais fácil e tranquila. Costumo ir buscá-los por volta das 17h, pelo menos é a hora que gosto. Nem sempre consigo cumprir mas não vou além das 18h porque não quero que eles passem mais que oito horas na escola.

É preciso ter consciência que as escolas não são depósitos de crianças.

Não quero que levem isto  como crítica, pelo contrário, tenho muito respeito pelos pais que só conseguem ir buscar os filhos pelas 19h porque estão a trabalhar.

Nunca mais me esquecerei da primeira reunião na escola do T, em que a diretora pedagógica alertou para o assunto, pois haviam crianças a estar na escolha doze horas. É chocante!! Mas é uma realidade cruel dos tempos de hoje.

A culpa não é dos pais mas do sistema que está montado, em que as empresas consideram que sair antes das dezanove é um "luxo" quando é apenas cumprimento de horários.

Em Portugal os bons profissionais medem-se pelas horas de saída e não pela eficácia do seu trabalho. O que é triste porque os valores humanos e familiares perdem-se por completo.

Felizmente posso dar-me ao luxo de gerir os meus horários, de chegar ainda de dia à escola, de ter algum tempo para ir ao parque ou simplesmente ir para casa e "estarmos". Só por isso vale a pena!

Contudo já me alonguei a trabalhar, já os fui buscar para além da minha hora e sempre que isso acontece é uma correria de loucos até irem dormir. A paciência é menor e entro em modo automático para que consiga que eles se deitem às "horas normais".

Confesso que não gosto dessa "lufa lufa" mas há dias que também me acontece.

O fim do dia é um período complicado porque ficamos focadas nas tarefas e deixamos de os ouvir.

É preciso um grande trabalho psicológico para que as tarefas não nos dominem mas nem sempre consigo vencer a exigência dos finais do dia, isto trás frustrações, falta de paciência e até alguma voz mais alta (para não falar em gritos).

Depois adormecem. Olho para eles, e a tristeza e a culpa apodera-se de mim.

E se ao fim-de-semana gosto de viver sem horários, sem rotinas e regras, durante a semana sou exigente com a hora de dormir.

Às 21h estão na cama e ponto final.

Tomam banho assim que chegam em casa, brincam, jantam entre as 19.30h e as 20h, lavam os dentes, leio uma história e rezamos ao menino Jesus e às 21h estão a dormir.

É esta a nossa rotina! Sendo que existem dois segredos para que isto aconteça: ir buscá-los cedo e deixar o jantar previamente preparado.

E aí em casa como é que gerem o vosso final de dia?

Casacos | Blue Kids
Carneiras | Pés de Cereja 





Gratidão

17.2.20
Que fim-de-semana...

Sábado batizado, ontem os meus anos... foram dois dias de festa! Onde nos divertimos imenso em família. Chegámos Domingo a casa exaustos mas felizes por termos estado acima de tudo em família.

Com muita pena minha, não consegui vir aqui agradecer-vos pelo carinho que fui recebendo ao longo do dia dia mas sintam-no agora.

Entrei ontem em contagem decrescente para os 40, não sei se ria ou se chore. Dizem que os 40 são os novos 20, não é verdade? Vou acreditar nisso, mas a verdade é que me sinto ainda uma "miúda" e não me vejo de todo com a idade que tenho.

Sinto-me livre de espírito e com a mesma energia de outros tempos, a diferença maior é que junto a mim tenho três filhos maravilhosos que me completam.

Assim que a noite caiu, agradeci por estes trinta e seis anos maravilhosos e igualmente desafiantes, pelo carinho que sinto diariamente dos meus amigos e família e por vocês que me acompanham diariamente.

Obrigada!

Já tarde pelo instagram, percebi que estou na posição 283 em 1000 dos influencers portugueses com mais engagement.

Quando comecei a ver, estava longe de imaginar que estaria nesta tabela, muito menos que estava numa posição tão boa. Não ganhei nada é um facto, mas é um reconhecimento de todo um trabalho que tantas vezes não se vê mas que existe.

Quando decidi criar este projeto, não tinha qualquer objetivo de cariz comercial. Como mãe, senti necessidade de mostrar à sociedade que era possível sermos felizes no meio da adversidade.

Na vida existem sempre dois caminhos e cabe a nós escolher qual o nosso. Nós somos os verdadeiros responsáveis pela nossa vida! Antes de tudo temos de ser nós a querer ser felizes tudo o resto acaba por aparecer.

Tratamos os sonhos por tu, e a a Trissomia 21 do Tomás, é só um pormenor na sua vida. Jurei assim que o T nasceu que tudo faria para que ele fosse feliz e aceite na sociedade e foi este o grande propósito para ter criado Tomás - My Special Baby.

Hoje, não sou só mãe do T mas também do FM e da MC, é um blog de maternidade. Onde quero mostrar realidade, uma família que se uniu ainda mais por um cromossoma extra, e que é possível sermos felizes.

É este o meu grande objetivo.

Obrigada a vocês por estarem desse lado comigo. Por rirem e chorarem connosco.

Este reconhecimento não é só meu mas sim de todos vocês!

Chilli Baby






My Valentine

14.2.20
Hoje ao acordar, recebi aquele beijinho de "feliz dia" percebi que já contávamos com 18 Dia dos Namorados (sempre juntos).

Sentei-me por momentos e pensei como era possível já ter passado tanto tempo sem termos dado conta.

Ainda relembro as nossas idas à praia, as escapadelas às aulas, e as parvoíces no carro como se tivesse sido ontem.

Acho que é este jeito diferente de ver as coisas, com uma responsabilidade q.b que não nos faz dar pelos anos. Sinto que seremos eternamente duas crianças cheias de sonhos por concretizar.

Com ele já vivi os melhores momentos da minha vida e os mais tristes. A vida é isto mesmo. Um arco-íris constante.

O tempo deu-nos uma maior aceitação pelas nossas diferenças, deu-nos uma única linguagem e juntos erguemos um castelo.

Este ano atingimos a maioridade e eu não podia estar mais feliz com o caminho que percorri ao teu lado.

E sim... vamos deixar as crianças com os avós e vamos namorar, porque também merecemos!! Porque o amor é mesmo para ser vivido da forma mais "pirosa" que há.

Happy Valentine's Day!!




Diversificação Alimentar

13.2.20
Muitas dúvidas surgem sobre a alimentação dos bebés, mas apenas deve ser vista como mais uma etapa na vida do vosso bebé.
É sinal que está a crescer!

Qual o motivo da diversificação alimentar se iniciar numa idade específica? 

A necessidade de introdução de outros alimentos acontece quando o leite sozinho já não é suficiente para os requisitos nutricionais do bebé. Por exemplo: os hortícolas e cereais apresentam grande biodisponibilidade para o ferro não-heme, já a carne e o peixe são importantes fontes de ferro heme.

Esta introdução não deve acontecer antes dos quatro meses, nem depois dos seis meses e meio. Só a partir desta idade o bebé atinge o desenvolvimento corporal necessário e está pronto para responder com competências adequadas para este novo desafio. Exemplo disso é: a capacidade de segurar a cabeça, a estabilidade do maxilar e a maturidade dos vários sistemas corporais.

Reforço sempre que cada bebé é único, terá o seu ritmo e algumas necessidades específicas, por isso, uma avaliação pelo profissional que vos acompanha é sempre útil e desejável. Claro está que é também uma etapa muito influenciada pelos hábitos culturais e familiares, que devem ser atendidos e incorporados neste processo.

Os alimentos oferecidos ao longo desta etapa influenciam os hábitos alimentares futuros: curioso perceber em alguns estudos que os bebés que consumem maior diversidade de legumes na fase da introdução de novos alimentos consumiam mais legumes aos seis anos.

A OMS* é peremptória quando refere que um bebé a realizar leite materno exclusivo não necessita de qualquer outro alimento para satisfazer as suas necessidades nutricionais. E habitualmente esta é a regra.



Sei que por vezes ficam “confusos” pois quando comparam a alimentação do vosso bebé com outros poderão encontrar diferenças. Pois bem, é uma área em constante estudo e evolução, apesar de existirem diretrizes. Deixo-vos com as últimas orientações:

Aspetos a ter em conta durante esta etapa:
  • Os alimentos devem ser introduzidos com intervalos de tempo entre si, sendo repetidos durante no mínimo três dias afim de se detetar alguma reação.
  • Lembrar que estamos a iniciar o processo de ensinar alimentação…o contato com sabores novos, o amargo e o azedo, as texturas novas, oferecer alimentos saudáveis, vai ensinar quais os alimentos que devem constituir maioritariamente a sua alimentação, é uma etapa super importante que se perpetua e influencia o futuro alimentar da criança. 
  • Conforme o bebé vai crescendo deve-se oferecer alimentos progressivamente mais sólidos proporcionando o mastigar, muito importante para o desenvolvimento da musculatura ora, que também influenciará a linguagem.
  • Não adicionar sal ou açúcar à dieta do bebé até ao primeiro ano de vida. Mesmo após esta idade não estimular o bebé para estes aditivos, lembrando que estão associados a problemas cardiovasculares e metabólicos.
  • Os estudos mais recentes contrariam a ideia de adiar a introdução de alimentos potencialmente alergénicos? Pois é, por ex. na introdução dos ovos, as novas indicações referem ser seguro logo aos 6 meses e que isso está associada à redução do risco de alergia a ovos. O mesmo acontece com o amendoim…oferecido em manteiga de amendoim (atenção às açucaradas/industrializadas) entre os quatro e onze meses. No entanto com relação a estes alimentos consultem e aconselhem-se com o profissional que vos acompanha enfermeiro ou médico. A ideia é não retardar…mas supervisionar possíveis reações. 
  • A partir dos dez meses a alimentação do bebé deve ser constituída por uma sopa e segundo prato onde deverá constar massa/arroz/batata e a proteína. Assim, a sopa já deverá somente conter os hortícolas para não existir excesso de proteína. 
  • Não está recomendado o uso de chás.
  • Bebidas açucaradas não estão aconselhadas, incluindo sumos de fruta que incentivam procura do sabor doce com rejeição da água e podem causar cáries. 
  • O mel não deve ser oferecido antes do primeiro ano de vida pela sua associação ao botulismo infantil. 
  • O momento da alimentação deve ser encarado como uma atividade em si própria, desenvolver o gosto e o interesse pelos alimentos deve ser um objetivo. Assim não devem ser associados métodos distrativos como a televisão. 
  • A alimentação não deve ser utilizada como recompensa.
  • A partir dos dozemeses a criança não deve ser acordada para se alimentar. Durante o dia a quantidade de alimentos oferecidos deverá adequar-se ao nível de saciedade de cada criança, ainda que balizando com as orientações existentes para não atingir extremos. 
Apresento-vos uma tabela representativa dos principais alimentos a introduzir até aos 12 meses de vida e em que meses.



Até breve.

A enfermeira
Ângela Baptista
b_a_badobebe@hotmail.com

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(*) OMS – Organização Mundial de Saúde

Principais fontes bibliográficas:(*)Associação Portuguesa de Nutrição. Alimentação nos primeiros 1000 dias de vida: um presente para o futuro. E-book n.o 53. Porto: Associação Portuguesa de Nutrição; 2019. EFSA Panel on Dietetic Products, Nutrition and Allergies (NDA). Scientific opinion on dietary reference values for energy. EFSA Journal. 2013; 11(1):3005.JAMA. 2016 Sep 20;316(11):1181-1192. doi: 10.1001/jama.2016.12623; Pietrobelli A, Agosti M, Group MN. Nutrition in the first 1000 days: ten practices to minimize obesity emerging from published science. International Journal of Environmental Research and Public Health. 2017; 14:1491.

O poder do querer

12.2.20
Como partilhei convosco um dos meus grande objetivos para 2020 é reencontrar-me, voltar a reconhecer-me ao espelho e voltar a ter auto estima.

É inevitável quando somos mães não nos deixarmos ir pelo momento e pelas hormonas saltitantes.

O processo de mudar, de cuidarmos de nós, antes de tudo, tem que partir de nós. Somos nós que temos de QUERER porque se esse querer não existir não existe dieta eficaz.

Por isso é que eu espero sempre até ouvir o meu corpo e o meu coração. A força de vontade e o foco são a base para uma mudança alimentar.

Depois o segundo o passo é pedir ajuda pois faz com que o compromisso não seja só connosco mas também com o outro. É importante haver alguém que nos mostre o caminho e que nos "cobre" os resultados.
A minha nutricionista é a Lillian Barros e estou muito satisfeita, além de muito querida, está sempe disponível para me ajudar.

Terceiro passo é encarar a mudança como um estilo de vida, com algo que fazemos por nós, para melhorar a nossa condição física e não como algo castrador pois o "fruto proibido é sempre o mais apetecido". Quando isto acontece deixamos de ter aqueles ataques à despensa.

No fim-de-semana é mais difícil manter o foco mas senão nos "castigarmos" tudo se torna mais fácil. Quando passei aquele fim-de-semana no Zmar, foi tentador, não vou dizer o contrário. Mas depois olhei para o que me rodeava e pensava "será que o momento de prazer que terei em comer bolos, batatas, pizzas, massas e outras coisas que entram na lista das menos aconselhadas valerão a pena e vão contribuir assim tanto para a minha felicidade" e foi com esta lema que me desviei do que sabia que me faria mal. Claro que comi mas no meio de tanta oferta escolhi apenas o que achei que me faria bem, no entanto também comi duas fatias de pizza e até uma baba de camelo deliciosa mas só. Foi algo pontual e sem culpas.

O mais importante é que haja equilíbrio sobre o que queremos comer e o que sabemos que não nos faz bem. E sempre que abusamos é importante que no dia seguinte tenhamos maiores cuidados. Por exemplo fui aconselhada no dia seguinte ao dia em que comemos mais, substituir as refeições exclusivamente por sopas (sem batata e leguminosas) com um topping de sementes.
Acompanhando apenas por uma proteína: queijo fresco, atum natural ou mozzarela e para quem quer terminar com algum doce, gelatina.

Procuro acima de tudo alimentos simples, nada processados e práticos. Não gosto de passar os meus dias no cozinha, além de que assumo que tenho pouca criatividade e paciência para estar na cozinha por isso comigo só resulta o que implica simplicidade.



No meu pequeno almoço não falta pão (compro no Celeiro, o da marca Miolo - corto em fatias e tenho sempre no congelador) assim que acordo ponho na torradeira e ponho juntamente com uma fatia de queijo (-50%MG) ou fiambre de Perú com um iogurte liquido.


Descomplicar na "doença"

11.2.20
Felizmente os meus filhos não ficam com frequência doentes. O T em teoria era o que tinha mais probabilidade de ficar doente, mas felizmente conto pelos dedos as vezes que ficou doente. É um resistente!

Já o FM é a "flor de estufa" como lhe chamo. Fica doente com mais frequência e como é muito átivo, fica melodramático e até dó de o ver. Metade é mimo nota-se perfeitamente e acaba por abusar do seu estado para pedir tudo o que quer. É o típico homem doente... que uma simples constipação é um drama.

A baby MC, embora esteja em casa, está em contacto com os manos diariamente mas felizmente que ainda só teve constipada. Uma resistente e talvez o leite da mama lhe dê a imunidade que precisa.

Como mãe de três, não posso complicar, quando um deles está doente, não os posso isolar mas também não tenho essa pretensão. Vou evitando uns beijos mais prolongados mas pouco mais.

Sou das que entrega à sorte ou a Deus, para quem acredita.

É normal que eles passem os vírus uns para os outros por isso o melhor é descomplicar e ir contornando o contacto deles com peso e medida.

Difícil é gerir a nossa atenção pois o doentinho quere-nos presente mas os outros também nos cobram. É a verdadeira ginástica acrobática.

E por aí como fazem? São das mais "complicadas" ou das "descomplicadas"?







Destralhar

10.2.20
Assumo-me minimalista. Não gosto de acumular coisas em casa e desde sempre que destralho.

Gosto de ter na minha casa o que me faz verdadeiramente falta, e o que mais detesto ver é uma casa cheia (a minha).

Tenho imensas coisas que não chegam sequer a entrar em casa. Não é uma questão de gosto mas de utilidade. 

Ter móveis recheados de coisas faz-me confusão. Queria mesmo algum desconforto em mim.

Aliás o meu roupeiro tem só o indispensável, todas as estações renovo e dou mais de metade. O que me dá mais gozo é ficar com prateleiras vazias. Detesto roupa acumulada, que se perde de vista.

E aliado a isso tudo acho que o minimalismo nos dá mais energia. Não nos prende tanto ao passado e nos renova a alma.

Na hora de destralhar, não penso em nada, não olho sequer para trás e nem penso se me será últil no futuro porque senão foi até agora é porque não será.

Fecho os olhos, respiro fundo, pego num saco e vai embora.

Para o lixo vai o que está estragado, e o que está bom dou a pessoas que sei que precisam ou que lhe vão dar utilidade.

E vocês como são em vossas casas?




O coração de um pai

6.2.20

Em tempos já tinha escrito sobre o assunto de como é ter um filho, que tipo de coisas temos de fazer, o que vamos deixar de fazer (como dormir), como vamos dar de comida, como se muda uma fralda, se vamos ter jeito para as coisas, entre tantas outras dúvidas que nos surgem. Estas sempre foram as perguntas que os meus amigos mais me fizeram pois sentiam-se em pânico porque tinham um filho a caminho e não sabiam se seriam capazes.

A minha resposta era sempre a mesma: "não te preocupes, as coisas vão resolver-se por si e vais adaptar-te facilmente, não é nenhum "bicho de sete cabeças"".

E embora seja um clichê não podia deixar de ter o típico discurso "é a melhor coisa do mundo, vai compensar todo o cansaço e trabalho que terás. E quando receberes no final do dia um sorriso e um beijinho do teu filho faz com que todas as horas de sono valham a pena. As duas horas que ele demorou a comer a sopa porque estava a fazer birra porque queria ver desenhos animados na televisão ou a fazer birra porque queria comer um chupa assim que acordou, deixa de ter importância assim que ouvimos "desculpa pai" e nos dão de seguida um abraço.

Outra das perguntas que mais me fazem é "como é ter três filhos" ou então afirmam que sou  "maluco por ter ido ao terceiro".

Vou então esclarecer uma coisa, o ditado: "Quem tem dois tem três" é mesmo verdadeiro. O choque não é do segundo para o terceiro, mas sim do primeiro para o segundo, a partir do momento que há o segundo filho, nós pais temos de estar 100% disponíveis porque só a mãe ou o pai a estar com dois filhos sozinho é muito complicado.
Principalmente se falarmos de filhos com idades muito próximas, que é o meu caso. 

Por isso se tiveres coragem para ir ao segundo, não se preocupem que ir ao 3º é "piners" como diz o meu amigo Jorge Jesus.

Como escrevo pouco no blog estou a tentar abordar vários assuntos que sinto que possa ajudar outros pais por falta de informação online (existem muitos blogs de mães mas blogs com a visão do pai são poucos ou quase nenhuns). 

Como pai de três, acho que já tenho experiência para outros pais que se possam sentir em pânico e sem saber o que fazer. Confesso que até já pensei em ter um blog só para falar sobre o que o pai sofre, para dar o meu olhar de como é ser pai de um, de dois ou até de três filhos. 

Sem duvida que mãe é mãe, e são a coisa mais importante, com o maior peso na responsabilidade de “criar os filhos” mas sinto que o papel do pai é muitas vezes desvalorizado (pode ser porque poucas pessoas falam sobre o assunto, não sei... mas é o que sinto). 

Mãe é mãe, mas pai também é pai. Ambos têm, embora diferentes papéis, diferentes responsabilidades. É o conjunto dos dois que dá o equilíbrio necessário à criança. A grande diferença para mim é que o pai nasce menos preparado, talvez pela falta de informação que escreve à pouco. Portanto se eu ajudar pelo menos um pai a ser melhor, já fico feliz.

Mas voltando ao início sobre quando me perguntam "como é que nos preparamos para ser pai" ou "é difícil ser pai", além de tudo o que já mencionei, percebi há pouco tempo que me faltou sempre dizer o mais importante aos meus amigos.

É engraçado perceber que as perguntas andam sempre à volta da responsabilidade, se vamos saber fazer as coisas, das fraldas ou se vamos ser capazes para educar.

mas...

Amigos, há um coisa que não te preparam para quando és pai, é o Medo...





Se achamos que sabemos o que é ter medo ou pânico antes de ter um filho então quando temos um filho esse medo duplica cem vezes. Admito que só percebi a verdadeira palavra do medo quando tive filhos. A partir do momento que temos um filho, temos a "coisa" mais importante da nossa vida diante de nós. E vivemos atormentados com o facto que algo lhes possa acontecer. É este o verdadeiro o sentimento, pois o medo atormenta-nos.

Sopas e Sopinhas

5.2.20
Não sou nenhuma "expert" em sopas mas ao terceiro filho é impossível não me sentir segura com o inicio da diversificação alimentar.

A experiência deu-me calma e tranquilidade para respeitar melhor o seu tempo. Felizmente este inicio tem corrido bem.

Qualquer dia aventuro-me no BLW - Baby Led Weaning.

Tenho utilizado por normas legumes biológicos, contudo uma vez mais afirmo que não sou fundamentalista do biológico, até porque nem todos os legumes se encontram nos variados espaços comerciais.

Tenho introduzido os legumes um a um para despistar possíveis alergias mas mantendo sempre uma base de cenoura ou abóbora com batata doce. Os restantes legumes vou alterando.

O número de legumes que ponho varia entre quatro a cinco.

Aos legumes junto pouco água para que consiga uma consistência cremosa de puré. Sem sal e um fio de azeite em cru.

Já fiz diversas combinações, não segui nenhum manual mas sim o meu instinto.

São várias as combinações que podemos fazer, estas foram as minhas até agora:

  • Cenoura 
  • Abóbora 
  • Batata doce 
Esta sopa foi a primeira de todas. Com maior contrassenso por ter abóbora e cenoura pois pode dificultar o bom funcionamento do intestino mas na dúvida o melhor é falar com a vossa pediatra.

Sopa 2
  • Abóbora
  • Batata doce
  • Bróculos
Sopa 3
  • Cenoura
  • Alho
  • Batata Doce
  • Couve Flor
Sopa 4 
  • Cenoura
  • Batata Doce
  • Curgete
  • Couve Coração
Sopa 5
  • Alface
  • Cebola Roxa
  • Batata Doce
  • Abóbora
Sopa 6
  • Couve Lombarda
  • Cenoura
  • Batata Doce
  • Alho Francês
Sopa 7
  • Cebola 
  • Bróculos
  • Chuchu
  • Batata Doce
  • Cenoura 
Entretanto já iniciamos a proteína. Tenho posto em cada sopa 20g de carne (frango, perú ou vitela) e peixe.

Neste momento a baby MC ainda só come sopa ao almoço mas vou introduzir a sopa ao jantar, sendo que ao jantar vou dar preferência à sopa com peixe ou só de legumes.

Como ainda estou a amamentar neste momento para que não haja mistura de leites ainda não lhe dei iogurtes e a papa que lhe dou é só feita com água ou com o meu leite materno.

Espero ter ajudado. No entanto aconselhem-se sempre com a vossa pediatra pois cada bebé é um bebé.

Aceito também sugestões :)













Fim-de-semana científico

4.2.20
Desde que a baby MC nasceu que ainda não tínhamos saído os cinco (sozinhos) da nossa zona conforto mas confesso que já andava com vontade de dar uma "escapadela".

Por isso quando me chegou o convite pela dupla Joana Paixão Brás e a Joana Gama (Do Blog A mãe é que sabe) e da Science4you para um fim de semana científico não hesitei em aceitar.



O local escolhido foi o ZMAR, um resort com todos os serviços e infra-estruturas para uns dias em família. Com um conceito com base na sustentabilidade ambiental, social e económica.

Confesso que já tinha ouvido falar muito sobre o ZMAR, tanto, que já tinha oferecido um fim-de-semana aos meus pais para que pudessem ir com os netos, para que eu pudesse ter dois dias livres para namorar mas ainda não tinha tido a oportunidade de o vivenciar na primeira pessoa.

O FM e o T estavam radiantes por ir. E assim que chegaram aqueles olhos encadeavam com tanto brilho no olhar.
O FM assim que viu a sua "nova casa" (como lhe chamou) só dizia "quero ficar aqui todos os dias". A casinha de madeira é sem dúvida um amor, não muito grande mas perfeita para uns dias em família com todo o conforto necessário.





Foram dois dias intensos, onde percorreram aqueles campos, onde brincaram no parque infantil que se faz perder de vista com tanta actividade gira para fazerem, onde deram de comer aos animais, onde correram até se vencerem pelo cansaço e onde mergulharam, saltaram e nadaram na piscina de ondas.


Casaco de malha | Amor Algodão 






Fizeram experiências (muitas) e meteram as "mãos na massa", fizeram sabonetes, plasticina, puzzles e até plantaram as famosas melancias, meloas, morangos e ervas aromáticas nas estufas da Science4you em pareceria com a Mãe é que sabe.




Antes de irmos já tínhamos plantado as nossas melancias e posso garantir que é um programa muito giro para fazer com eles, acho que não existe nenhuma criança que não goste de mexer na terra. Os meus gostaram tanto que acordaram no dia seguinte às 7h para ver se as melancias já tinham crescido.