O mundo nos braços

31.5.21

Sempre ambicionei dar irmãos aos meus filhos pois a única certeza que tenho é que este será o melhor bem que lhes posso deixar, quando um dia eu não estiver cá.

Felizmente sei a sua importância e o valor que tem termos um irmão na nossa vida, que sente, que partilha e que fala a mesma linguagem dentro da própria casa.

Também sei que existem opiniões e vontades diferentes, que tantas vezes originam pequenas discussões. Mas enquanto pais cabe-nos mostrar que apesar das diferenças o amor e a união devem prevalecer sempre pois apesar de tudo, se o mundo ruir, é uns nos outros que se encontrarão.

Vão viver alegrias, tristezas, partilhar felicidade e a dor quando deixarmos de estar presentes. 

São três! Os meus três mosqueteiros e eu só desejo que esta admiração, respeito, amor e cumplicidade que nutrem uns pelos outros sempre se mantenha. E que seja nos braços uns dos outros que se encontrarão sempre quando se perderem.

Porque pontos de vista diferentes sempre existirão mas este amor de irmãos também.

Uma coisa tenho como certa posso até não lhes deixar nada mas deixo-lhes tudo!





As crianças de hoje serão o Adulto de amanhã

27.5.21

Ontem a notícia sobre bullying assombrou os telejornais nacionais, comoveu, revoltou e alertou para uma das maiores realidades de uma sociedade egocêntrica, mesquinha e com falta de empatia pelo próximo.

E aquela criança que acabou atropelada por ser vitima, de umas miúdas cruéis que alimentam o seu ego através da fraqueza do outro, podia ser o meu filho Tomás, o meu filho Francisco e a minha filha Constança. Podia até ser um sobrinho meu!

E só por isso já é revoltante o suficiente! Felizmente que em criança, nunca vivenciei o bullying, na primeira ou terceira pessoa.

Mas até à bem pouco tempo vi o meu filho Tomás (aqui), na festa de Natal, a ser gozado por uma criança que se divertia a tirar-lhe o gorro de Pai Natal vezes sem conta, enquanto ele dizia que não. E sabem que mais? Ninguém viu os quis saber... E só eu sei o que senti naquele momento.

Lembro-me de ter cegado, de ter deixado de ouvir o meu lado racional, e ter corrido até ao encontro daquela criança e de o ter avisado olhos nos olhos que se voltasse a fazer aquilo eu estaria ali. 

Sei que foi "só" um simples gorro, mas tudo na vida começa assim, de forma tímida até tomar proporções incontroláveis. É tal como a violência doméstica!

E perdoem-me, mas a culpa não é só daquela criança, que tem mau íntimo, acredito que ninguém nasce mau, os nossos filhos são reflexo do que vêm.

Não é aceitável ver pais a encorajar a troça só porque é divertido e faz rir os outros, ou até bater porque o importante é ser o que dá. Já ouvi isto! E isto para mim é repugnante...

Mostra a pobreza da nossa sociedade!

Que este menino que ontem se viu frágil e vulnerável nas mãos daquelas raparigas, seja a voz de um dos maiores flagelos da educação.

Como mãe tenho medo, para não dizer muito medo, do que se avizinha. Sei que temos de estar atentos para não permitir que estas situações aconteçam. Não é normal bater ou gozar para humilhar. Não é uma "simples" brincadeira! E vai muito mais além do é que ser criança.

Mas a responsabilidade não é só dos pais, também é importante que a escola esteja atenta para esta realidade. É preciso intervir e alertar. Não é a fechar os olhos que isto acaba.

A criança de hoje, é e será o adulto de amanhã. Chegou a hora de construirmos um mundo na base do amor e respeito!

Pode-se desculpar o agressor porque é criança mas a vítima também o é, e essa mesma criança vulnerável ficará com marcas incalculáveis na sua forma como vê o mundo.

Hoje foi aquela criança, aqueles pais a sofrer, amanhã pode ser um de nós.

Por mais Amor!




















Madeira

26.5.21

Numa tarde embrulhada nas rotinas do dia a dia, o meu marido surpreendeu-me com um convite à Madeira, por momentos hesitei, e os miúdos?!? "Os miúdos ficam, vamos só os dois, depois de tantas coisas que vivemos nos últimos tempos, precisamos de desligar e de estarmos só nós"

E nessa mesma noite marcamos viagem. Falei com a nossa agência - I Go Travel, que nos apresentou de imediato, as melhores soluções. E com a sua ajuda, escolhemos  o Savoy Palace, pela qualidade e beleza que apresentava, além de que o feedback da nossa querida Andreia (I Go Travel) era o melhor.

Adorámos o Hotel. Dos melhores que alguma vez tínhamos estado. Super bonito, com piscinas deslumbrantes e de água aquecida. Só tive pena de não o termos aproveitado mais porque era um verdadeiro sonho.




A Andreia, deu-nos várias dicas de pontos estratégicos a visitar e com base nisso sonhamos acordados até ao dia da ida.

Na mala levamos um caderno em branco, para que pudéssemos de forma livre, fazer o nosso caminho. Apenas tínhamos uma certeza que estávamos a precisar de um tempo a dois, de namoro e de boas conversas.

Dez anos depois, voltamos a dizer "sim"

24.5.21

Sempre disse que (se pudesse) casava-me todos os anos.

O nosso dia, a seguir ao nascimento dos meus filhos, foi dos dias mais bonitos e especiais da nossa vida. Foi ali que tudo começou...

Foi um dia pensado ao pormenor, para que se tornasse memorável. Ainda hoje lembro com saudades este nosso dia 1 de Outubro de 2011.

A caminho de completarmos dez anos de casados e dezoito anos juntos, vamos voltar a jurar amor eterno. Uma cerimónia intimista, com as pessoas que acompanharam de perto estes dez anos.

Não será em Bali como sonhámos um dia, mas será num dos locais mais especiais para nós, no dia 1 de Outubro de 2021.

Nesse dia voltamos a dizer "sim" mas com os nossos três filhos na primeira linha.

Estamos felizes, muito! Por voltarmos a reviver novamente este dia que será mais um dia especial na nossa vida.





Tempo a dois

20.5.21

Contamos com dois confinamentos, ao todo mais de onze mil horas juntos, dia após dia.

Um ano desafiante, que nos fez amar-nos ainda mais, que nos juntou e afastou vezes sem conta. Desesperamos e fomos invadidos por um cansaço extremo.

Onde nos embrulhamos no amor, no teletrabalho e na teleescola e onde percebemos que somos uma grande equipa.

Onde nos apoiamos e amparamos nos dias mais difíceis e onde deixamos de saber o Norte e o Sul.

Vivemos a família no seu expoente máximo e deixamos de ter tempo para nós. 

Fomos levados por tudo e por nada. 

Até que percebemos que era preciso parar, respirar, ganhar forças e viver um pouco a dois, ir buscar lá atrás a nossa verdadeira essência, tantas vezes engolida pelas mil e uma tarefas.

Não serão muitos dias, mas os suficientes para nos encontrarmos nos braços um do outro.

Na mala levamos folhas em branco para serem preenchidas por nós. Só temos uma certeza, o hotel. O resto será entregue ao momento e à nossa vontade.

Filhos distribuídos, malas feitas.

Agora vamos!

Até já 

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Campos de Férias

19.5.21

Estamos a chegar à altura em que começamos a ver alterativas para "entreter" os nossos filhos nas férias de Verão.

A oferta é muito variada, existe para todos os gostos, para todas as idades e até carteiras.

Adoro a ideia dos campos de férias porque são ricos nos conhecimentos da vida.

Lembro-me em miúda fazer estes campos e sei bem o que ali vivi, as amizades e as experiências que ganhei. 

Por isso também quero, a seu tempo proporcionar estas experiências com os meus filhos. 

Acredito que acima de tudo os enriquece enquanto pessoas. Ganham autonomia e responsabilidade, e aos poucos vão construindo o seu "eu".

Para vos ajudar a facilitar nas pesquisas, partilho convosco uma a Juvigo, que vos ajuda a fazer uma pesquisa criteriosa pelos vários campos de férias que existem em Portugal ou além fronteiras.

A Juvigo é especialista Europeia em férias supervisionadas para crianças e jovens dos 6 aos 21 anos.

Conta com mais de 100 organizadores, 500 viagens diferentes em 18 países.

Podem tratar de tudo online de uma forma cómoda e segura. E no caso de surgirem questões maiores, podem através do telefone ou do email pedir aconselhamento gratuito especializado.  

Os organizadores de campos de férias que estão na Juvigo,  são escolhidos de forma criteriosa, de modo a garantir as exigências dos pais e dos filhos.

Este ano os meus filhos ainda não vão mas para o ano acho que vou pensar no assunto. 



Nazaré

17.5.21

Este fim-de-semana viramos costas a Lisboa e fomos até Nazaré. Na mala tínhamos expectativas altas porque já tinha visto que o Ohai Nazaré era um sonho.  

Eles super entusiasmados, e eu feliz por ter ganho vida como diz o meu Francisquinho. Mas de facto é neles que carrego as baterias e onde me encontro.

Ainda chegamos de dia, e assim que estacionamos, percebi que era tudo o que tinha pensado e muito mais.

O Resort é no meio de uma vala, rodeada de árvores, onde se respira ar puro. 

Ficamos num bungallow, devidamente equipado para usufruir destes dias com o maior conforto possível.

E embora tivesse uma cozinha que permitisse fazer as refeições, optamos por fazer todas as refeições no restaurante, o que fez com que vivêssemos o dia a dia de uma forma mais tranquila e descontraída, sem o peso das refeições. O restaurante Sasos embora com pouca variedade, tinha muita qualidade. 

O resort foi pensado na felicidade das crianças e isso nota-se desde o primeiro dia, o staff é super atencioso e paciente para com as crianças. Tem um parque infantil gigante, com tudo o que as crianças precisam para se divertirem. E em paralelo tem um parque aquático cheio de escorregas, uma piscina de água aquecida e um spa.

Além destas infra-estruturas está cheio de atividades giras, como, insufláveis, escalada, slide, matraquilhos humanos, entre muitas outras coisas.

Tanta coisa que nos fez viver non stop assim que chegamos. E foi assim que vivemos ali. Vivemos da forma mais intensa que existe, e foi tão bom!!

Houve alturas que achei que tinha tornado um dia de 24h em 48h, tal foi o que conseguimos fazer num só dia.

Acabamos o fim-de-semana com vontade de voltar, até porque sentimos que houve coisas que não foram aproveitadas.

O tempo não teve muito favorável, mas não se tornou factor impeditivo de vivermos estes dois dias em pleno.

Em termos de segurança, o Ohai Nazaré está devidamente capacitado para nos fazer seguros.

Ainda fomos conhecer Nazaré e adoramos!!

Foi perfeito :)

E para quem gostava de conhecer este Resort, aconselho muito. Os vossos filhos vão agradecer.











Apego Emocional

12.5.21

 Há quem acredite e quem não, mas eu acredito que a forma que se nasce interfere na ligação entre mãe e filho.

O Francisquinho nasceu de quarenta semanas mas sem estar preparado para nascer. Fui aconselhada pelo meu médico a induzir o parto porque "sim", porque eram já quarenta semanas e mesmo não querendo confiei e cedi. 

No entanto quero ressalvar que confio no meu médico a 200% daí ter cedido mas hoje sei que se voltasse atrás jamais provocaria um parto sem nenhum motivo aparente.

Até porque as semanas nem sempre batem certo com o "real" por isso acredito que podia ter esperado mais um bocadinho, tal como aconteceu com a Constança.

Foi um parto induzido, com um processo super invasivo e anti natura, que culminou numa cesariana de urgência com o ctg a acusar sofrimento fetal. 

E nesse momento percebi que tinha obrigado o meu filho a nascer quando ele ainda não estava preparado para o fazer.

Nasceu bem mas recusou o berço desde o primeiro segundo, só ficava tranquilo comigo, dormiu dois anos agarrado a mim. E não foi porque eu quis, ou que o tivesse habituado mal, já tinha experiência de outro filho, por isso esse não foi o motivo.

Mas acredito que a forma abrupta que nasceu está relacionada diretamente com a ligação que tem comigo. Nem eu nem ele estávamos preparados para que ele nascesse.

Ele precisava do seu tempo como bebé e eu precisava do meu como mãe. E está tudo certo! 

Já li muito sobre o assunto e de facto não existem dias certos para os bebés nascer, a não ser que se verifique complicações para a mãe ou para o bebé. 

No entanto sou "leiga" no assunto, não sou médica, mas sou mãe e esta é a minha opinião baseada na experiência que tive.

Mas tudo isto originou apego emocional. É o filho que mais precisa de mim. A ligação que temos vai muito além do "bonito" e do razoável. Ter um filho que vive a querer dormir agarrado à mãe, a pedir para que a mãe não trabalhe, a querer casar com a mãe e a querer ficar com a mãe para sempre. Não é bom! É doentio! É uma ligação que tem tão de bonito como de exagerada.

E a prova disso é que é visível aos olhos de todos.

E se antes adorava e achava a maior graça, hoje tento lhe mostrar que a mãe, gosta dos irmãos e do pai tal como gosta dele, que a mãe já casou e que ele também casará mais tarde e consequentemente sairá da casa da mãe.

Para tudo é mãe!! E eu como mãe, adoro, é um facto! Mas começo a ter consciência que não é bom, até porque já procurei ajuda externa e a opinião foi unânime. Existe um apego emocional tão grande que lhe provoca insegurança.

Sei que protegi sempre mais este meu filho, sabia o quanto o Tomás brilhava por si e não queria que em momento algum ele sentisse isso, por isso sempre o evidenciei, o amparei e o protegi mas nas entre linhas validei-lhe comportamentos que atenuavam a sua insegurança. 

Por ele vivia grudado em mim e eu como mãe também, mas não é certo. E existe uma altura na vida que também temos de nos meter em causa e tentar ir por outros caminhos.

Houve comportamentos que alterei de uma forma muito "leve", nomeadamente ao dizer-lhe que a mãe já era casada com o pai, ao contrário de ficar toda feliz quando o ouvia dizer isso, deixei de o acompanhar quando me pedia e incentivava-o a ir sozinho, passei a dizer-lhe que a mãe estava ali mas que ele era capaz de ir sozinho.

São pequenas coisas fazem a diferença.

O apego emocional não é algo bom ao contrário do que se possa pensar e pode tirar mais do que nos dá.

Acima de tudo  quero que o meu filho seja feliz, autónomo e seguro de si próprio. Um dia saberei que ele vai bater asas e quero que ele esteja preparado para as bater por mais que o meu coração chore por dentro.

Como mães cabe a nós estarmos atentas e lutarmos pelo bem estar emocional dos nossos filhos, mesmo quando nos dói a alma.

E isto sim é AMOR! 



Rumo ao Sul

11.5.21

Tal como o ano passado, rumamos a Sul assim que o país voltou a abrir.

O Francisquinho desde o Verão que me pedia para voltar ao Algarve, tão pequenino e já com tão boas memórias do nosso querido Algarve.

Eram umas férias em família e não passaram disso mesmo. 

Tem sido um ano exigente a todos os níveis e sentia necessidade de me encontrar neles, de parar, de respirar e de saborear a vida pelos olhos dos meus filhos.

Aplicamos na prática o "slow living", vivemos sem horas e uns para os outros e foi tão bom.

O resto deixo para vocês tirarem as vossas conclusões porque existem imagens que valem mais que 1000 palavras.

Ficamos no Four Seasons em Vilamora. De uma forma geral gostamos mas esperava mais. Éramos os únicos no hotel, o que pode ser maravilhoso mas também é (muito)  limitativo pois maioritariamente todos os serviços estavam fechados. 




MÃE

2.5.21

Hoje o dia é nosso. 

Nosso por termos a sorte de presenciar na primeira pessoa a palavra mais forte do Mundo e sorte por termos a quem chamar mãe.

E o que não percebia, no passado, hoje entendo na perfeição.

Mãe de colo, de sangue, pouco importa.

São os nossos filhos que nos fazem mãe, que nos testam os limites e a sanidade mental vezes sem conta mas que nos ensinam o verdadeiro significado da palavra Amor.

É talvez o papel mais bonito e igualmente o mais difícil da humanidade. É exigente na forma de ser e de estar e obriga-nos a reinventar todos os dias mais um bocadinho.

Hoje o Dia é nosso! E eu não desejo muito além da presença dos meus filhos pois foram eles que deram significado a esta palavra que se escreve: M Ã E.