Obrigada

28.2.19
Hoje podia ter escrito muita coisa mas a única coisa que me ocorre é um simples Obrigada!

Obrigada pelo vosso carinho
Obrigada pelo vosso Amor com a nossa família
Obrigada por nos tratarem como família
Obrigada por abraçarem este meu sonho
Obrigada por lutarem comigo pela igualdade
Obrigada por me ajudarem a mostrar o lado real da Trissomia 21
Obrigada por acreditarem no T
E por fim muito OBRIGADA por estarem desse lado connosco de mãos dadas.

Hoje foi um dia em que o meu telefone descarregou vezes sem conta com a quantidade de mensagens que recebi.

Vocês são simplesmente incríveis!!

Já tive oportunidade de ver a nossa entrevista e para mim a entrada do T naquele estúdio mostrou da forma mais real a sua verdadeira essência. Ele é aquilo que viram, não é mais nem menos, é o que ali está.

Fez a entrada mais triunfal que alguma vez vim num programa de televisão, não digo isto por ser meu filho mas por ser tão mágico.

Digo várias vezes que o T nasceu para brilhar, quem sabe se um dia a Televisão não será a sua casa...

Seja onde for eu terei na primeira fila a aplaudi-lo de pé.

Obrigada por tudo!

Um grande beijinho nosso

Andreia e Tomás

Para quem ainda não teve oportunidade de ver, podem ver aqui.



No programa da Júlia

27.2.19
Tivemos o convite de ir ao programa da Júlia falar uma vez mais do que é enfrentar um filho com Trissomia 21 e o quanto é maravilhoso e mágico este cromossoma do amor.

Um pouco mais emocionada por todas estas hormonas saltitantes da gravidez mas com o mesmo orgulho a falar deste meu filho.

O T uma vez mais adorou e começo a achar que ele nasceu mesmo para brilhar pois ele sente-se mesmo feliz atrás das câmaras.

Agradeço uma vez mais o convite e a Júlia além de uma mulher com M grande é uma simpatia.
Obrigada por nos receberem tão bem :)








Look
Mum | Mahrla

T
Túnica | Alecrim
Calções | Match Babies&Kids
Carneiras & Meias | Pés de Cereja 

Discriminação

26.2.19
A discriminação é das perguntas que mais me fazem.

Nunca o senti, não que não tenha havido (penso eu) mas porque eu não estou à procura de olhares discriminatórios e acredito que isso é muito importante para nos sentirmos bem e confiantes.

Desde o primeiro dia que tive a confirmação da trissomia 21 do T não hesitei por um minuto em dizer a todos os meus amigos e familiares a realidade, e com algum choro à mistura, mostrei que o Tomás seria sempre o Tomás. Ao mesmo tempo falei com familiares a sorrir e isso fez de mim "louca" mas o espanto de as pessoas ao verem a minha reação acabava por mostrar que não havia grandes motivos para lamentações.

Não havia margens para olhares diferentes, essa era a minha preocupação.

E se eu queria que o T fosse aceite por todos, tinha de ser eu a primeira a aceitá-lo tal como ele era e e assim foi sem qualquer preparação prévia mas com uma enorme vontade de mudar mentalidades. Abracei-o ainda na sala de partos e jurei-lhe isso.

Nunca mais me esqueci desse juramento e desde então que andamos de mãos dadas. Sinto um orgulho gigante nele, e um respeito sem medida naqueles olhos achinesados e acho que o meu filho é só a melhor coisa que me aconteceu em 35 anos.

É este meu orgulho e e felicidade que carrego no rosto que não dá margem para a discriminação.

Confesso que nunca o senti, ando com ele da mesma forma que ando com o FM, com o mesmo brilho no olhar, sem receios do que as outras pessoas possam pensar. E o segredo é este mesmo. As pessoas até podem falar, até podem olhar, até podem sentir pena mas vão perceber ao mesmo tempo que somos felizes.

Sei que o caminho ainda está no inicio, tenho noção que existe discriminação, acredito que algum dia a vá sentir mas não estou focada nisso. A discriminação é só um sinal de ignorância de quem o faz.

Quando digo que o meu filho tem Trissomia 21, digo-o com um sorriso nos lábios e isso acaba por desarmar qualquer pena ou preconceito que possa haver.

Afinal de contas apenas sou uma mãe feliz tal como todas as outras.








O papel da professora na vida do nosso filho

25.2.19
Pelo Instagram perguntei o que gostavam que escrevesse no Blog e de várias respostas o primeiro tema que abordo é o perfil do professor no trabalho com alunos com trissomia 21.

Este é um tema sensível mas que de facto é preciso ser falado, para mim não existe nenhum perfil estudado. Há profissões que têm de ser mais que um "trabalho" e esta é uma delas.

"Ser professor como a enciclopédia diz é uma pessoa que ensina ciência, arte, técnica ou outros conhecimentos. Para o exercício dessa profissão, requer-se qualificações académicas e pedagógicas, para que consiga transmitir/ensinar a matéria de estudo da melhor forma possível ao aluno.
É uma das profissões mais importantes, tendo em vista que as demais, na sua maioria, dependem dela"
Mas há coisas que vão muito além de uma cadeira na faculdade ou de um livro, ou se nasce ou não se nasce. E aqui é o maior segredo de um professor.

Um professor que tenha uma criança com trissomia 21 ou com outra necessidade especial é preciso acima de tudo que tenha sensibilidade e um bom coração.

Se o tiver, metade do percurso está feito, o outro são metodologias de ensino aplicáveis.

Do que vale termos um professor muito bom tecnicamente e depois não ter sensibilidade para ouvir os nossos filhos?

Os nossos filhos passam muito tempo com a professora, mais que connosco e é na professora que encontram um pouco de serenidade para a falta que lhes podemos fazer. Precisam de se sentir seguros pois grande da sua auto-estima é construída na escola.

Um professor pode deixar marcas incalculáveis numa criança pelos bons ou maus motivos e para isso também é preciso que nós pais estejamos atentos e que acompanhemos de perto.

Uma professora é importante que seja atenciosa, que queira de coração ter uma criança com necessidades especiais na sua sala, que tenha paciência e força de vontade para o ajudar nas suas maiores dificuldades.

A professora do T, pouco ou nada sabia de trissomia 21, o que é super normal, mas deu-lhe oportunidade para que ele mostrasse que era mais que um simples cromossoma. Foi ele muitas vezes que lhe mostrou o caminho. Contudo teve sempre o apoio da escola, o meu e de todas as terapeutas que o acompanham para a ajudar. E este é o segredo para uma boa harmonia escolar. Aos poucos foi percebendo como trabalhar com o T, empenhou-se, perguntou nas nossas reuniões o que fazer em diversas ocasiões e pediu ajuda quando foi preciso.

Existem matérias (mais técnicas) que precisam de ser trabalhadas de forma diferente e aqui é preciso ter um coração aberto para novas abordagens. Tudo o resto é emocional, é ouvir com o coração e olhar sem preconceito.

É preciso ser-se altruísta, empenhado, ter uma boa metodologia de ensino e acima de tudo trabalhar com o coração.

Nunca esquecendo que o professor tem um papel fundamental na vida dos nossos filhos.















Quarto de brincar

21.2.19
Neste primeiro ano da baby vou manter o quarto do T e do FM intacto, poucas são as alterações que vou fazer.

Vai ser mais em termos de arrumação de roupas. A cómoda que tenho no quarto vai ser exclusivamente para a baby e o roupeiro grande para os boys cá da casa.

O primeiro ano da Baby faço intenção que durma no nosso quarto e só depois passará para o quarto dos irmãos. Aí sim vou construir um quarto de raiz, misto, mas que transmita a mesma paz que este me transmite quando entro.

O quarto que pretendo mudar é o dos brinquedos. Estou cansada de tanta cor, de brinquedos soltos e de alguma falta de harmonia que sinto ali.

Quero que os meus filhos tenham um espaço onde se sintam bem, confortáveis e que possam ter liberdade de movimentos para toda a criatividade. Já o quarto de dormir será mesmo isso de dormir, onde partilharão histórias até adormecerem.

Sou de ideias fixas, e esta já ninguém me tira, vou começar por uma recolha de inspirações através do pinterest e daí vou começar a procurar peças que me transmitam o que procuro: harmonia e tranquilidade.

Vou tentar vender tudo o que tenho para que possa começar um quarto em branco para os fazer sonhar.

Não tenho ainda nenhuma ideia concreta na minha cabeça apenas que tem de ser algo clean e que lhes dê espaço para a criatividade.

Em breve serão três e tenho a certeza que ali vai ser o mundo deles e onde vão partilhar muitas das brincadeiras típicas de irmãos.

A seu tempo aquela quarto vai ser para a menina da casa mas até lá vai ser o refúgio da brincadeira.

Se por aí houverem ideias digam-me pois nesta fase ainda só estou à procura de ideias giras.

Deixo-vos algumas ideias minhas.







Roupa vs Gravidez

19.2.19

Não é fácil ver o nosso corpo mudar e consequentemente as roupas deixarem de servir mas em jeito bipolar não haverá no mundo algo maior que ter os nossos filhos colados a nós 24horas por dia nem que para isso nos custe uns valentes quilos a mais.

É uma fase momentânea por isso não invisto muito em roupa, adapto o que tenho e compro apenas algumas peças de roupa que me favoreçam mais nesta fase mas a pensar já no futuro.

Este Jumpsuit é a prova disso. É adaptável, tanto o posso usar grávida como não. E na amamentação.

De todas as gravidezes é a que me sinto mais feia e realmente as meninas tiram muito a nossa beleza mas penso que este Jumpsuit favorece qualquer pessoa.

É da Happy Company.








S.O.S Constipações

18.2.19

“O que podemos fazer para as evitar Sra.Enfermeira ?! – Dizem me os pais em desespero”

Em verdade…as “simples” constipações são processos naturais do organismo a responder aos vírus respiratórios do ambiente…há que aceitar com alguma calma, saber prevenir maior complicações e responder posteriormente aos sinais apresentados. É preciso esperança :) o sistema imunitário ficará mais resistente. Aqui deixo algumas dicas importantes:

  • Manter o nariz o mais limpo possível através de lavagem nasal com soro fisiológico ou spray nasal hipertónico (excelente quando já existem secreções nasais pois favorece a sua eliminação e é super prático de colocar). O da Mustela é óptimo.
  • Aplicar soro várias vezes ao dia (4/5 vezes dia) antes da refeição e muito importante antes de dormir para a noite ser mais tranquila.
  •  Utilizar o aspirador nasal para remover as secreções. (não abusar deste uso…poderá usar de manhã e à noite) 
  • Manter uma boa hidratação da criança oferecendo água ou chá (importante incutir este hábito) várias vezes ao dia. (na criança a fazer leite materno exclusivo não será, à partida, necessário). Uma boa hidratação irá contribuir para secreções mais fluídas e mais fáceis de eliminar. 
  • Nas crianças a partir dos 3 anos incutir hábitos de prevenção de infeção: espirrar e tossir para o cotovelo, assoar para o papel e deitá-lo no lixo, correta lavagem de mãos com soluções de sabão em preferência ao sabonete. (Pais!!! Peçam nas escolas para terem apoio de uma enfermeira a ensinar estes hábitos às crianças, sério que faz diferença e sim eles aprendem!) 
  • Realizar desinfeção periódica dos brinquedos e superfícies, ou objetos como os comandos de TV. 
  •  Evitar locais fechados e com grande aglomerado de pessoas (ar livre é sempre preferível!); 
  • Ventilar os espaços sempre que possível! 
  • Dormir bem! De acordo com a Associação Americana do Sono uma criança que durma as horas suficientes (11H até aos 8anos) irá ter um sistema imunitário mais forte e portanto mais resistente às constipações. 
  • Alimentação saudável e rica em VITAMINA C! Quando a criança já iniciou a sua alimentação diversificada deverá ser reforçada a ingestão de alimentos ricos em vitamina C, como: laranjas, papaia, ananás, kiwis, vegetais como os brócolos e as couve
  • Sempre que possível, quando a criança estiver com febre e com manifestação evidente de sintomas de constipação não os leve para a escola, tentando assim minimizar o contágio do grupo, para além de que a criança não tem o mesmo desempenho. 

Já sabem…Não estão sozinhos, se necessitarem de apoio contem com a ajuda personalizada. 




Enfermeira Especialista em Saúdeo Infantil e Pediátrica
Ângela Baptista
b_a_badobebe@hotmail.com

35 Anos

16.2.19
Pessoalmente não gosto de fazer anos. São raras as vezes que faço alguma festa para festejar o meu Aniversário porque não é coisa que gosto. Prefiro preparar as festas dos meus filhos e a do meu marido que a minha.

Mas no meu dia gosto de acordar e não ter nada para fazer, gosto de o celebrar com a minha família sem horários. E apenas respirar a vida!

Aos 20 achava que ter 35 já se era velho, hoje com 35 continuo com a mesma energia que aos 20, com mais cabelos brancos, mais rugas de expressão mas com um sorriso muito mais feliz e completo.

Posso dizer que aos 35 alcancei o mais importante, um casamento sólido, com muito amor, dois filhos únicos e que todos os dias dão me alento para continuar a fazer mais e melhor e com outro a caminho para se juntar a esta dupla.

Um grande amor + 2 filhos + 1 filha = 35. A minha fórmula perfeita para hoje ter acordado feliz, sem grandes planos, apenas o de celebrar com a minha família que me enche o coração todos os dias.

Os 35 anos chegaram tal como eu esperava, não ficou nada por fazer mas ainda há muito sonho por alcançar.

Hoje o dia é meu e sou grata por estes 35 anos absolutamente fantásticos!!




Balões | Party&Bite
Vestido Camiseiro | Happy Company






O meu Valentim

14.2.19
Há 17 anos que celebro o Dia dos Namorados com o meu Valentim.

É uma simples data no calendário mas que não gosto que seja passada em branco, é uma lembrança para o Amor. Uma paragem obrigatória para pensarmos um pouco mais na nossa cara metade.

Não que haja falta de amor mas pela azáfama de tarefas que nos leva a chegar ao fim do dia esgotadas e sem vontade já para aquela conversa olhos nos olhos.

E estes dias servem exactamente para isso, para um bom jantar, seja ele fora ou em casa, a dois, sem distrações, apenas nós.

Feliz pelo homem que me calhou na rifa. Feliz pelo seu companheirismo, amizade e amor condicional que tem por mim.

Feliz por estar sempre lado a lado mesmo nas minhas loucuras, por me dar força para avançar quando duvido das minhas próprias capacidades.

Feliz por ser o pai dos meus filhos e por ser o homem do leme.

Simplesmente feliz por o ter na minha vida.

De mãos dadas nos bons e maus momentos, na loucura e na lucidez até sermos velhinhos.

Happy Valentine's Day!!



Não existem filhos insubstituíveis!!

13.2.19
Muitas vezes ocorre a pergunta porque tive mais filhos ou se o FM veio com 20 meses de diferença por causa da Trissomia 21 do T.

Não julgo, são perguntas legítimas, talvez senão tivesse um filho com necessidades especiais também eu própria as fazia, não há mal. É apenas falta de informação.

Existem casos e casos e eu vou falar do meu.

Não, eu não tive filhos pela trissomia do T. A ideia de ter três filhos manteve-se sempre.

Sou de opinião que os meus filhos são pessoas individuais com uma ligação intangível entre eles.

Educo-os de igual forma, não existe o "especial" na nossa família. Existe sim o nome próprio de cada um.

Não quero jamais que os meus filhos sintam qualquer peso por terem um irmão com Trissomia. Se alguém tem de sentir sou eu e o B e não o sentimos.

Somos uma família, e ambiciono que seja unida e que todos sejamos responsáveis por todos, sem obrigações.

Quero que os meus filhos tenham os seus amigos próprios, que saem juntos mas também em separado. Quero acima de tudo que quando estejam fora de casa que se sintam confiantes em si próprios.

Mas confesso que tenho especial atenção com o FM e terei certamente com a minha filha pois sinto algum medo que eles possam sentir algum peso e alguma responsabilidade por ter um irmão com alguns cuidados diferentes do comum.

Mas ao contrário do que se possa pensar sou muito mais protetora do FM do que do T pois sei que o T brilha sozinho, tem muitas pessoas ao seu redor, já o FM é simplesmente uma criança por isso dou-lhe tudo de mim.

O futuro não me assusta minimamente, sei que são eles que estão a construir a sua relação, não sou eu que estou a impor nada e a cumplicidade que têm é deles e não minha ou do pai.

Acredito acima de tudo que vão crescer juntos, que vão desafiar-se mutuamente e que ambos vão perceber as suas fragilidades e apoiarem-se nos bons e maus momentos.

As relação constroem-se e esta está a ser muito bem cimentada. Contudo quero que cada um deles perceba que a mãe e o pai estão cá para desempenhar o seu papel, para mimar, cuidar, repreender, educar e apoiar nas fragilidades de vida. Eles apenas terão as suas vidas independentes mas unidos pelo amor de irmãos.

Por isso respondo sempre que não! Os meus filhos vieram ao mundo por amor e não por obrigatoriedades. Não seria justo se fosse de outra forma! Claro que ter um irmão ajuda, claro que é um suporte e claro que é o seu melhor terapeuta mas isso não deve servir como escolha para ter outro filho.

Os filhos só por si não preenchem vazios que possamos sentir e nenhuma criança merece nascer com este peso nos ombros.

Alimento-me todos os dias de uma cumplicidade genuína e forte e não quero que esta ingenuidade dê lugar a obrigatoriedades.

São os dois (e em breve) três meus filhos, todos eles diferentes, com as suas necessidades e personalidades distintas mas com a certeza que serão sempre meus e do mundo nada mais.

Calções | Sonhos de bebe
Camisa | Maria Saloia 
Sapatos | Pés de Cereja







(IN) Conciência de ter filhos

12.2.19
A decisão de ter um filho é sempre uma decisão séria para a família. Mas a pergunta mais importante a fazer é se temos estrutura emocional para um filho ou para aumentar a família.

Depois de respondermos a esta questão é seguir o nosso coração.

O primeiro filho é uma decisão a dois, mas o segundo e os restantes já não é só uma decisão do casal mas sim da casa.

Ter um filho é uma grande mudança a nível pessoal e de casal, dois já requer uma logística ainda maior, já não é só preciso um, são os dois precisos com a mesma responsabilidade e disponibilidade.

Quando decidimos ir ao terceiro, embora a vontade de tentar a menina fosse mais que muita, tinha a certeza que a nossa família precisava mais de um membro fosse ele menino ou menina. Ver os meus filhos crescer, aprenderem e vivenciarem o mundo juntos é o meu Euromilhões todos os dias.

Uma coisa está certa na nossa família, as oportunidades monetárias para os nossos filhos nunca foram equação para termos filhos.

Porque se assim fosse acho que nunca teríamos tido mais que um.

Foi uma decisão honesta e responsável a dois, que tomámos desde o primeiro dia. Os colégios privados jamais definiriam o número de filhos que iríamos ter.

Não pensamos no valor real que custa um filho, porque na realidade isto é tudo muito incerto e nem tudo é linear como os livros.

Exemplo disso é o T que nos mostrou isso mesmo quando nasceu. É tudo muito incerto nesta vida. Vive-se o dia a dia e o futuro constrói-se baseado apenas no nosso presente.

Sem grandes pretensões de ter isto ou aquilo mas com o maior sonho de reunir a família no Natal e esta ser farta de filhos, de gargalhadas e de histórias de infância mesmo que para isso na nossa garagem não existam mercedes e viagens sem fim para contar.

É esta a nossa família da forma mais crua que há!

Para muitos somos apenas uns "malucos, inconscientes" (no bom sentido) que não fazem contas à vida, para outros somos inspiração. Mas a realidade é essa mesma não pensamos na entrada da faculdade dos nossos filhos nem tão pouco no dia que teremos que ter dinheiro para casar os nossos filhos, pensamos apenas no que temos hoje e isso já é o suficiente para avançarmos sem medos.

Com a consciência que nunca haverá dinheiro suficiente que pague o que é ter filhos cúmplices uns dos outros e felizes por verem todos os dias a barriga da mãe crescer.

A minha barriga já é tão grande que eles já me olham de forma diferente, já perceberam que existe mesmo algo ali, que existe uma mana para brincarem e para protegerem. E os beijos que recebo diariamente na barriga deles faz-me ter a certeza que tomamos a decisão certa.

Esta gravidez está a passar muito rápido, tenho aproveitado esta barriga ao máximo porque acredito que nunca mais voltarei a estar grávida mas eu já só penso no dia que eles pegarem na mana ao colo.







Avaliação do T na escola

6.2.19
A escola nunca me atormentou.

Escolhi-a como qualquer mãe, sem questões pelas necessidades especiais do T. Uma coisa tinha como certa o T tem nome próprio e não seria a sua trissomia que o iria definir, se assim fosse aquela escola não o merecia.

O que é certo é que a escolha da escola foi mais fácil do que previ, senti a escola com o coração e avancei sem medos.

Este é o seu segundo ano na escola e o T já conquistou toda a escola. É uma escola que nos recebeu sempre bem, sem constrangimentos, que tudo fazem para o seu desenvolvimento e onde nunca ouvi um "não".

Para o ano entra para os 5 anos e aqui começam as dúvidas com a mudança de escola ou não. Sou a favor do público mas sentir que eles estão mais desprotegidos assusta-me por isso será sempre uma decisão difícil, em que terei de ponderar, ao mesmo tempo o FM vai para a mesma escola e gostava de os ver juntos...

Vou concorrer ao público e depois logo vejo o que faço. Sempre fui pessoa de me mandar de cabeça e depois resolver em pressão as coisas. Vamos ver o que o futuro nos reserva...

Entretanto embora o T ainda esteja na fase de brincadeira na escola já é avaliado e quando recebo a sua avaliação sinto-me sempre nervosa ao ler cada linha porque nunca sei o que vou encontrar.

O que é certo é que o T surpreende todos os dias e conseguiu ter uma avaliação de excelência. Importa-me acima de tudo nesta fase a sua formação pessoal e social porque isso é o que define enquanto pessoa.

Ler "...O Tomás é uma criança meiga e muito social. Conhece todas as regras dentro e fora da sala. Desenvolve várias brincadeiras estruturadas conseguindo interagir com os seus pares sem entrar em conflito.
No refeitório evidencia uma boa boa postura..."
Enche-me o meu coração!!

Fico feliz pelo seu comportamento e por saber que a nível académico está a evoluir como é esperado, sem grandes dificuldades. E no Inglês conseguiu mesmo atingir a nota máxima.

Mas muito se deve à confiança que a professora depositou nele. É ela a pessoa responsável pela sua auto-estima na escola.

Ele é feliz! E saber que adora a escola enche-me o coração.

Parabéns T!




À terceira foi de vez!

5.2.19
Nunca escondi a minha vontade em ter uma menina.

Embora adore ser mãe de menino tinha uma grande vontade de vivenciar o que é ser mãe de menina.

O mundo cor de rosa, dos laços e das bonecas sempre me fascinou.

Depois havia o outro lado, o companheirismo que sei que as meninas nos darão sempre mais que os meninos.

Os meninos embora sejam muito nossos vão crescendo e aos poucos e poucos começam a interessar-se pelas coisas típicas de homens e aí os nossos maridos ganham uns amigos para a vida, depois vêm as namoradas que acabam por os levarem de alguma forma.

Existem casos onde isso não acontece mas é raro...

As meninas embora sejam muito dos pais, são muito nossas e da família. São as nossas companheiras quando nos sentimos tristes e alinham nos nossos programas.

Todos estes motivos faziam com que eu eu quisesse muito ter uma menina, era quase como um "seguro de família", no sentido prático da coisa.

Sabemos que os nossos filhos crescem e aos poucos e poucos seguem o caminho deles e as meninas são sempre diferentes.

Depois todo o mundo que envolve uma menina é certamente fascinante mas desafiante ao mesmo tempo principalmente quando se fala da adolescência.

Nesta terceira gravidez foquei-me na menina, tentei saber alguns truques que diziam ser infalíveis, uns tentei outros nem tanto. Mas à medida que o tempo passava libertava-me desta minha vontade e sabia que independentemente de tudo havia coisas incontroláveis e esta é uma delas.

Assim que descobri que estava grávida a menina veio-me à cabeça, tentei perceber as contas da ovulação e houve vezes que achava que tinha acertado outras nem tanto.

Cada ecografia que fazia a ansiedade aumentava, sempre que o médico metia o ecografo na minha barriga eu tremia só de pensar que ele me pudesse dizer que era um menino.

Não aceitava quem me disse-se que seria outro menino e chegava a levar isso como uma afronta à minha pessoa.  Não gostava! E ficava mesmo magoada e chateada!

Dei por mim a ficar demasiado obcecada com o sexo do meu filho, tanto que tive noção que deixei de racionalizar. Até que tomei consciência que o sexo não era importante e que fosse menina ou menino seria igualmente muito feliz.

Assim comecei a ver uma equipa de futebol com melhores olhos mas nunca deixando de pensar na felicidade que devia ser ter uma menina.

Quando chegou o dia de saber e a médica me deu a notícia, a primeira coisa que perguntei foi se estava a falar a sério. O medo de não ter a menina era tanto que não acreditei quando me disse.

Assim que a médica confirmou que era verdade, explodi de alegria e fiquei super feliz!

Mas assim que saio do gabinete a primeira dúvida que me surge é se saberia ser mãe de menina, que não sabia nada do mundo cor de rosa. Foram muitas as dúvidas e os medos, tanto que quando dei por mim já pensava em ter outro menino.

Vá-se lá entender a cabeça de uma mulher.


Balões | Caramela 

Look | Mahrla 

Look Boys
Calções | Meio Metro de Mimo
Camisola | Lanidor 
Carneiras | Pés de Cereja



Menino ou Menina?

3.2.19

Mais que tudo o importante é que venha com saúde é o clichê com mais verdade é este mesmo.

Mas o sexo do bebé é sempre vivido com emoção.

Seja menino ou menina

E o nosso terceiro filho vai ser...


Edição Vídeo | Centrimagem