"Donas de casa desesperadas"

1.2.17

Ontem vi-me obrigada a ficar com os baby's pois a minha avó que é quem fica com eles teve que se ausentar.

Quando soube que iria ter de ficar com eles o dia todo, sem ajudas, fiquei super entusiasmada pois nunca é demais o tempo que passamos com eles mas também fiquei a pensar como é que seria lidar com a casa, trabalho e baby's, tudo ao mesmo tempo.

Posso dizer-vos que é um verdadeiro caos!! Confesso que ainda fiquei a admirar mais a minha avó e a sua força dos seus 75 anos.

O dia começou bem cedo com pequenos-almoços e muito mimo matinal. Respirei fundo e agarrei-me ao aspirador pois com a Kiki a casa têm de ser aspirada todos os dias.

Posso adiantar que foi uma comédia pois tinha literalmente o T e o Baby FM atrás de mim o tempo todo. Entretanto chegou a terapeuta do T que me libertou um pouco, pois o T teve três horas em terapia, o que permitiu que conseguisse adiantar muitas outras coisas.

Com o fim de semana tinha alguma roupa para ser lavada e o dia foi passado entre máquinas e mais máquinas. E para ajudar um tempo maravilhoso que se fez sentir....

Enquanto a roupa lavava comecei a preparar as sopas para a semana e o almoço. E tudo isto sempre com o Baby FM ao colo.

Sim...ao colo, o Baby só se sente bem comigo assim, acho que nesse dia ganhei um músculo no braço equivalente a um mês de ginásio.

As horas iam passando e eu continuava sem ter tempo só para mim.

Perto das 11.30h o Baby FM adormeceu, meti-o no berço e aproveitei para olhar para os e-mails...vai de responder a todos os assuntos pendentes, respirar 3 segundos fundo e voilà, Baby a querer mais colo.

Valeu-me a ajuda do marido que veio a casa passear a kiki e dar o almoço ao T enquanto eu continuava a orientar roupas, brinquedos e afins.

Já passava das 14h quando consegui arranjar 5 minutos para tomar um banho, e à medida que a água escorria sobre mim, pensei no que é ser mãe a tempo inteiro. Percebi a grandiosidade deste trabalho que poucas pessoas valorizam. Sem dúvida que é o trabalho mais desafiante que alguma pessoa pode ter, sem margem para pausas e para "bater a porta" quando estamos à beira de um colapso.

Muitas vezes crítica-se de ânimo leve as mães que não têm tempo de se arranjar quando estão com os seus filhos mas é esta a pura das verdades, não há tempo!

O tempo é passado entre colo, fraldas, mudas de roupa, limpar a casa, arrumar brinquedos, fazer almoços, jantares, sopas e muito mais...umas verdadeiras "Dona de casas desesperadas".

Contudo não existe profissão mais nobre, que nos dedicarmos à nossa família a 100%, infelizmente por questões monetárias não o posso fazer mas ainda não perdi a esperança de um dia conseguir ser uma mãe ainda mais atenciosa e presente.

Foi um dia muito desgastante, que não teve hora para "bater a porta" e dizer até amanhã mas em contrapartida um dia em que me consegui deitar com o sentimento de "missão cumprida".

O dia acabou comigo ainda vestida a adormecer o Baby FM e o T. Conclusão adormecemos os três na cama agarradinhos.

E hoje quando acordei senti um vazio pois embora tivesse um dia muito mais calmo, já sentia falta da azáfama do que é ser mãe a tempo inteiro.




















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2 comentários:

  1. É um pau de dois bicos!! Compreendo perfeitamente! Às vezes adoro o silêncio mas logo logo tenho saudades!

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  2. Exactamente!!! Eu sou mae a tempo inteiro, mae de dois (a MR 2anos e o T 1ano... 17meses de diferença) !!!! Amo! Nao troco por nada! Mas nunca tive dias tao extenuantes como estes (nem quando trabalhava em consultoria) Mas tambem nunca tive dias tao gratificantes nem me senti tao realizada!

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