Ir ou não ir à escola

21.5.20
A pergunta que mais se impõe no momento é sobre as escolas e a sua segurança para os nossos filhos.

Será prudente irem para a escola?

Será que as medidas das escolas não os baralhará mais e os assustará?

Será que o distanciamento nas crianças em sala ajudará no seu desenvolvimento social?

Será que nós pais estamos a ser concientes?

Será? Será? Será?

São estas as grandes questões que imperam neste momento nas nossas cabeças... As creches já abriram e pelo que vejo estão a trabalhar muito abaixo do número previsto de crianças. Os jardins de infância vão abrir a 1 de Junho e eu confesso que não sei o que fazer.

Por um lado gostava que os meus filhos voltassem. Sendo que não tenho intenção que o Tomás volte pois vou dar primazia às terapias nesta fase.

Já o Francisquinho gostava que fosse porque comigo a trabalhar e o pai em teleterapia, tem estado mais em auto gestão o que me tem deixado desconfortável.

Mas ao contrário do T que fala na escola e nos seus amigos, o FM diz que não quer ir para a escola.

Custa-me deixá-lo sabendo que tenho possibilidades para ficar mas a falta de apoio também me deixa angustiada.

Aqui não existe o certo ou o errado, porque na realidade ninguém sabe o que será melhor, muito menos as consequências que advêm da nossa decisão.

Além de que há pais que não têm qualquer escolha possível pois vão começar a trabalhar.

O que é certo é que tudo isto é uma novidade para todos. As escolas não estão preparadas para esta nova realidade, as crianças são apenas crianças, não dimensionam os problemas (e ainda bem). Como é que vamos explicar a uma criança que não pode brincar com o seu amigo, que não pode partilhar o seu brinquedo ou mesmo dar abraços?

Isto preocupa-me! Até que ponto é que se vai ferir o desenvolvimento social das crianças.

Ainda não tomei a minha decisão, é um dia de cada vez. E mais perto, que já não falta muito, decido. Mas estou mais inclinada para só voltarem em Setembro.

E vocês já tomaram a vossa decisão?



9 comentários:

  1. Eu, ja tenho os meus filhos crescidos, mas se estivessem, na idade da pre ou da cresce, não levaria, os meus filhos, antes de Setembro para a escola, por várias razões, mas principalmente, pela confusão, nas suas cabeças de nao entenderem o pq de nao agarraram e brincarem com os amiguinhos, e também, pelo comportamento "impessoal, com os educadores e auxiliares, pela falta da proximidade.

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  2. O meu Francisco, fez 4anos dia 4 de maio, tem uma série de "problemazitos" respiratórios, alergias entre outros, faz diariamente dose de bomba de adulto, e fala muito nos amigos e na escola, e está a fazer-lhe muito falta...porque anda ao sabor da corrente, as vezes aos "empurrões" porque nós(pais) temos um negócio e não pudemos parar...e temos feito uma ginástica muito grande...e estamos a omitir abertura da escola porque não queremos que ele deixe de ser criança num local onde ele tem tempo para ser criança para aprender, brincar e confraternizar e estás medidas pedem as crianças para não serem crianças...e estamos muito inclinados para que também só volte em setembro.

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  3. Estava decidida a levar a minha bebê de 14 meses só em junho mas as educadoras fizeram uma videochamda a mostrar como as coisas estavam a funcionar, e fui removida. Ontem já foi para a escola e que contente que esteve.
    Joana Peixoto

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  4. O problema é: Em setembro vai estar tudo na mesma. O vírus não vai desaparecer :( ou seja as regras vão ser as mesmas.

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  5. Eu tenho duas já crescidas (12 e 14 anos) que estão em casa no ensino à distancia e uma de 2 anos que já regressou à creche. Ficar até Setembro com a mais nova não pode ser opção para nós.
    Podia sim ter optado pelo regresso apenas no dia 1 junho, mas o facto de saber por informação da escola que nestas 2 semanas de maio o regresso de crianças era reduzido, achei que seria mais fácil a readaptação dela à nova realidade...o primeiro dia foi custoso,ela ficou a chorar eu de lágrima no olho, o segundo dia correu melhor e no terceiro já ficou toda contente fazendo me adeus e atirando beijinho... Não sei como é a relação entre os amiguinhos (acho muito difícil que em crianças destas idades o distanciamento seja conseguido) pois com o novo plano de contingência não entramos nas instalações, mas a recepção quer da educadora e auxiliar às crianças em termos de afectividade não mudou, apenas é feita com as normas de segurança recomendadas, e quanto a isso acho que as crianças tem uma capacidade de adaptação muito grande.
    Não sinto a segurança que sentia antes, mas o facto de ela ficar bem já me sossega o coração.
    Afinal de contas temos que continuar a viver e adaptar-nos a esta nova realidade.
    Um beijinho

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  6. Por aqui a decisão também não foi tomada de ânimo leve. Mas com 3 filhos, 2 dos quais no pré-escolar, e estando eu em teletrabalho sozinha com eles (na maior parte dos dias) decidimos que vão.

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  7. E EM Setembro os seus filhos já vão compreender isso? Não será melhor agora que vai haver menos crianças e provavelmente a adaptação é melhor assim com menos meninos?

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  8. A minha tem 3 anos, está no pre-escolar. Nem é só pelo vírus que não irá, mas também pela readaptação quw não vai poder ser acompanhada de perto por mim, e já sei que vai ser difícil pois ela expressa que não quer ir, o que contrariá-la sem o devido apoio acho mau! Já para nao falar do ambiente estranho e difícil de gerir. Qusnto à vertwnte vírus, já percebi que a ideia é que as crianças apanhem e comecem a construir imunidade de grupo, mas isso implica que se mantenha longe dos avós e isdo sim, ela não vai tolerar por tanto tempo! Ela pede muito a visita aos avós, grupos de risco, que têm de ser protegidos! E depois há as excepções à regra Kawasaki q acontecem aos outros que podemos ser nós. Faltam 4 meses para Setembro, são mais 4 meses para estudar o vírus e quem sabe encontrar um tratamento eficaz. É algum tempo que quero ganhar para ela e oara nós.. Ela não tem necessariamente de ir, ela não quer ir... e não irá.

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  9. Estou de acordo com a mae do tomas e Fati 👍

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