Também é preciso "parar"

26.9.17
Por vezes é preciso redefinir prioridades, é preciso deitar as cartas na mesa e pensar de uma forma estratégica.

O início da escola do T pedia que me sentasse e definisse prioridades, uma coisa tinha a certeza todas as terapias tinham que se adaptar á sua nova realidade.

Como mãe quero muito que ele aprenda e que tenha todas as ferramentas necessárias para que tenha um bom desenvolvimento mas tenho presente que o seu bem estar está acima de qualquer terapia.

Lembro-me muito bem da primeira consulta em que tive com o Dr. MP (Centro Desenvolvimento Infantil) que me disse que as três regras para o sucesso eram: primeiro amá-lo, segundo amá-lo e terceiro amá-lo ainda mais.

E naquele dia tracei que no seu percurso ia haver sempre espaço para brincar, para estar em família, para rir, para ser feliz.

É um facto que o T tem uma agenda ambiciosa, mas quando se quer muito consegue-se. Juntei todas as terapias, e tive que redefinir horários e a suas periodicidades.

Não consegui abdicar de nenhuma terapia pois para mim todas são importantes mas tive de encontrar um ponto de equilíbrio entre todas.

Mas percebi que uma delas tinha de ser mudada. A terapia da fala era em Corroios e se até aqui tinha conseguido contornar com a minha vida profissional e com as horas de trânsito, agora com a escola era muito difícil.

Mexi e remexi no seu horário mas não podia sujeitar o T a enfrentar o trânsito da ponte às 18h.

Quero que ele aprenda mas de uma forma serena. Sabia que não seria viável para ninguém fazer uma terapia às 19.30h e por isso tivemos de mudar.

Custou-me imenso porque se havia terapeuta empenhada em fazer o melhor pelos seus "alunos" era esta terapeuta. Uma terapeuta que conseguiu perceber o que me angustiava e que conseguiu meter o T a comer de uma forma fantástica.

Muito lhe devo, mas infelizmente a vida é feita de encontros e desencontros e chegou a hora de lhe dizer que não conseguíamos continuar a fazer este sacrifício pois algo que podia ser benéfico para o T passaria a ser algo dramático.

A terapia da fala não ficou pelo caminho. Neste momento já estamos com outra terapeuta, que também tenho a certeza que vai fazer muito por ele.

Agora o T têm escola quatro vezes por semana de manhã e terapia em casa à tarde. E na 3ªfeira de manhã faz as restantes terapias que andavam "soltas".

O seu dia de trabalho acaba às 18h e a partir daí o T é apenas uma criança onde não se fala mais de exercícios.


Obrigada Dra. AR por todo o carinho e empenho em ajudar o T.

Imagens que dispensam qualquer legenda.
Obrigada Dra. AR por tudo.







1 comentário:

  1. Muito obrigada pela confiança depositada. Felicidades para esta maravilhosa família!

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