Tempo a quatro

2.9.20

 Antes do Francisco já existia uma família de três e antes da Maria Constança uma família de quatro.

E se dar um irmão aos nossos filhos é a nossa maior herança também é um grande desafio. É saber de antemão que o nosso tempo será dividido por dois, três ou quatro.

Que o nosso orçamento será dividido por todos. E que hoje posso dar a um e amanhã a outro.

Que vamos ter de falar várias linguagens, que cada filho vai exigir o seu tempo e que cada necessidade é uma necessidade. 

E embora as linhas orientadoras da nossa educação sejam iguais, temos que adaptar a nossa forma estar a cada um pois cada um ouve e sente à sua maneira. É impossível ter-mos um único discurso, há que adaptar à sua idade, sensibilidade e maturidade.

Embora vivamos muito a cinco, e procure fazer programas juntos. Tenho noção que antes de uma Maria Constança já existia um Tomás e um Francisco. E tal como a irmã eles precisam de me sentir a 100%.

Um bebé exige muito de nós e é impossível por vezes conseguir estar totalmente disponível para os irmãos mais velhos. Nem sempre existe paciência depois de uma noite em branco ou tempo a sós pois existe sempre uma fralda ou uma maminha para dar.

E foi por isso que decidimos em família ter um fim-de-semana a quatro, em que lhe pudesse dar toda a atenção, que pudesse entrar nas suas brincadeiras e sonhar com eles. 

Demos longas caminhadas pela areia, falamos de tudo e de nada. Brincámos muito e como mãe foi muito bom estar assim com eles.

Acampar foi o programa perfeito e ainda hoje falam da nossa casa que estava em cima do carro. Foi das coisas mais giras que fiz com eles. Podem ver tudo aqui.

Ser mãe é mesmo isto. É dançar com eles ao ritmo deles. 

Cabe a nós sentir as suas necessidades para que ele possam sentir-se parte integrante na família e não apenas mais um elemento.

E é na nossa individualidade que crescemos em família de uma forma muito forte.





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