A escola, os filhos e o coração desta mãe

10.9.19
Algum dia o meu bebé grande tinha de bater as asas...

Por mais que me custe (e custa muito) estava mais que na idade para conhecer o mundo com outros olhos, sem a sua bolha de amor a que estava habituado a viver.

Podia ser daquelas mães descontraídas mas não. Posso ser muito descomplicada e tranquila em muitos assuntos mas ver os meus filhos a crescer é algo que me inquieta e me deixa desconfortável e sem ar.

Foi assim que o entreguei hoje ao mundo. Com o coração a bater fora do peito, a tentar gerir as emoções, as minhas e as dele.

Ele nervoso, sem perceber bem se aquilo era apenas uma brincadeira como tantas as vezes foi quando ia buscar o mano ou se aquilo era mesmo sério.

Brincar ao mundo imaginário era o que queria e as coisas foram tomando uma proporção maior no momento em que teve de ir enfrentar todos os meninos que daí a adiante fariam parte do seu dia a dia.

Dei-lhe abraços, beijinhos e a mão. Transmiti-lhe a segurança necessária para ir, mostrei-lhe que tudo estava certo e que ele ficaria bem mesmo que no meu coração se passasse tudo ao contrário.

Sorria por fora e chorava por dentro.

Ganhei coragem, dei-lhe o ultimo beijinho e aí virei costas e saí. As lágrimas escorriam pela minha cara mas ao mesmo tempo convencia-me que faz parte da vida.

Fiquei sem oxigénio! É duro vê-los bater as asas.

Só queremos que cresçam mas quando os vemos assim desprotegidos da nossa asa ficamos meio "tontas", sem norte, como se algo nos faltasse.

Gostava de ser mosca só para o ver e para que ele me sentisse ali mesmo que não me visse.




Já o T foi todo feliz, foi o rever os amiguinhos, a professora e a auxiliar que tanto gosta.

Uma sala nova, com alguns amiguinhos novos e com um ritmo próprio de uma sala de 5 anos. Um horário ambicioso para uma criança que tanto tem que fazer depois das actividades escolares.

Vai ser um ano valente, cheio de disciplina e que será doseado dia após dia consoante as suas necessidades.





Hoje a casa ficou mais vazia, com um silêncio que chegou a fazer confusão. Não há brinquedos para arrumar, nem birras para dosear. E eu sinto-me assim meio perdida.

Bom ano para todas as mães!!












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