Toca-me, fala-me ao ouvido, ama-me!

13.3.18
Um bebé quando nasce, nasce completamente indefeso, com uma necessidade tremenda de segurança.

A única coisa que precisa é da nossa pele, do nosso respirar, dos nossos lábios e do bater do nosso coração.

Não precisa da manta mais bem cheirosa, da roupa mais bonita, nem tão pouco do berço mais querido do mercado. Precisa simplesmente de nós!

E é aqui que nós percebemos que o bem material por mais bonito e melhor que seja jamais substituirá  o amor, o carinho e um olhar.

Naquele dia, não existe mundo, só existe uma mãe e um filho e é assim que deve ser porque a partir daquele momento mais nada importa. É algo natural e de uma intensidade tão grande que só uma mãe entende.

Entretanto os meses vão passando e o cansaço vai aos poucos aponderando-se de nós. Metendo em causa o tempo dos nossos filhos, sem os respeitar, e queremos desesperadamente que não chorem, que nos deixem fazer a nossa vida de antigamente, que durmam a noite toda... quando na realidade o que eles querem é estar connosco, a diferença é que não o conseguem verbalizar. Por isso muitas vezes choram sem nós percebermos os seus motivos. E cada lágrima deles é como se disse-se: Toca-me, fala-me ao ouvido, ama-me!

Nem sempre é fácil nos abstrairmos da vida à nossa volta mas o que é certo é que no dia que decidimos ser mães sabíamos que a nossa vida jamais seria a mesma, o mundo mudaria de perspetiva.

E se antes tínhamos liberdade total, hoje não damos um passo sem pensar num segundo no nosso filho mas sabem que mais??

Ninguém disse que a nossa vida começava com aquele ser tão pequenino nos nossos braços.

Por isso aproveita, cada choro, cada birra sem lógica, cada noite sem dormir (por mais que custe..eu sei!) porque tudo isso deixará saudades!





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