Quando nasce um filho, nasce sempre uma nova família

30.5.19
Oficialmente na recta final!

Confesso que estas são as semanas que menos gosto, a barriga já pesa, o calor que se tem sentido também não ajuda, a energia começa a falhar e a nossa vida deixa de ser controlada por nós.

Deito-me todos os dias sem a certeza de como será o meu dia seguinte. Metódica e planeada como sou é algo que ainda não sei bem lidar.

Ainda sem mala feita mas ser mãe de terceira viagem dá-nos esta tranquilidade no tempo que nos permite descomplicar um pouco destes timings.

Mas de tudo o que me custa mais é saber que estou a semanas ou a dias de mudar a nossa dinâmica familiar. E isso para mim corrói-me as veias. São mudanças para melhor mas como qualquer mudança deixa-nos sempre angustiadas e com imensas dúvidas.

Será que vou conseguir ser mãe de três?
Como vou gerir uma família de 5?
Vou ter tempo de qualidade com cada um dos meus filhos?
Será que o T e o FM não vão sentir que já não são o meu mundo?
Como vão lidar com a chegada da mana?
Onde fica o meu marido e eu no meio de três crianças?

São apenas algumas perguntas que faço todos os dias a mim própria. Sei que é o medo a falar mais alto e que assim que a tiver nos braços tudo acaba mas até lá fico angustiada só de saber que estes dias são os últimos como irmãos únicos.

Não quero de todo que sintam a irmã como alguém que lhes veio roubar o seu espaço, quero que a abracem, que cuidem dela e que os três andem de mãos dadas para sempre. Quero que sintam por ela um amor único como o que sentem um pelo o outro.

O T será sempre o T, o primeiro, o que me mostrou o que é ser mãe, o que me fez lutar por uma força maior, o que me abanou enquanto pessoa e o que me faz feliz todos os dias.

O FM, será sempre o meu bebé, o que me mostrou o lado descomplicado da maternidade, o que exigiu mais de mim até as forças me faltar, o que me completou enquanto mãe e o que me mostrou que não existe colo a mais mas sim amor a menos neste mundo tantas vezes ditador.

A MC será certamente a princesa de todos nós e a minha companheira para toda a vida.

Assusta-me o dia que sair de minha casa e olhar para trás e perceber que quando voltar, voltarei diferente. Quando aquela porta fechar fecha-se um capitulo e consequentemente vai abrir-se outro. A maternidade tem destas coisas, tem esta beleza pura e estes medos incontroláveis.

Vou chorar certamente no dia que regressar e perceber que todos nós nascemos como família, sendo que voltaremos certamente ainda mais felizes e completos!

Maria Constança podes vir porque tens uma família inteira à tua espera e nem sonhas onde te vais meter.








2 comentários:

  1. Olá Andreia! Também me tornei mãe de 3 no passado dia 16. Também eu tinha muitos medos, aliás eu estava convencido que ia ser terrível, que não íamos dar conta de tudo. Tal como a Andreia os outros filhos ainda são pequenitos, o mais velho tem quase 4 anos e a do meio quase 2. Têm 22 meses de diferença entre si. Quase matemático. Para minha surpresa tem sido mais fácil passar de 2 filhos para 3 do que foi passar de 1 para 2. Como a Andreia diz há toda uma tranquilidade e confiança que se ganhou. Já não existe o medo de não ser capaz de amar por igual. Como diz a Luísa Sobral, o colo de uma mãe aumenta quando chega alguém. Vai ser maravilhoso! Os irmãos terem mantido as rotinas deles tem sido essencial para o nosso funcionamento, ainda assim cada um tem 2h de exclusividade e o fim do dia - 17h30 em diante - é em modo família a 5.

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  2. Vão ser uma família muito feliz. Venha a Maria Constança para todos ficarem ainda mais felizes. Beijinhos para todos. Para a mamã uma hora pequenina. 🌹

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