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Terapias (Sem vergonhas)

O Tomás fez-me ver a vida com outros olhos, a estar mais atenta a assuntos relacionados com o desenvolvimento, que talvez senão fosse uma realidade minha não daria tanta importância.

Admito que sou uma mãe muito descomplicada mas isto não significa que não esteja atenta a pequenos sinais que eles nos vão dando.

E ao longo do tempo fui percebendo que o Francisquinho precisava de uma ajuda profissional relativamente à fala.

E desta forma não perdi tempo em falar com a terapeuta do Tomás. E de facto tem uma perturbação do desenvolvimento da linguagem com mais ênfase na fonologia, ou seja, tem algumas dificuldades nos sons e na construção de frases. E embora não seja preocupante, a verdade é que tem um ligeiro atraso no desenvolvimento da linguagem comparativamente à sua idade cronológica, tornando o seu discurso ininteligível aos outros.

Algo que podia ser visto como se fizesse parte da idade mas por estar mais atenta a estas questões fez-me procurar ajuda sem hesitações.

Entretanto nesta quarentena fui percebendo que o Francisco está sempre à procura de estímulos e que vive sempre no "excesso", procurei também juntamente de técnicas (psicóloga e terapeuta ocupacional) perceber o seu comportamento até que chegamos à conclusão que ele tem uma alteração a nível da integração sensorial. O que faz com que tenha uma maior dificuldade na concentração de atividades e no cumprimento das tarefas do início ao fim.

Por isso nesta fase o Francisquinho tem terapia da fala e terapia ocupacional.

Nem sempre é fácil percebermos, ainda para mais quando são crianças que não têm qualquer patologia associada. É uma questão de estarmos atentas e de vermos o copo meio cheio, sem preconceitos.

As terapias existem para os ajudarem a crescer de forma organizada, para equilibrarem e para dar o "empurrão" necessário para que se possam desenvolver da melhor forma possível.

Não se é pior mãe, nem pior filho por se precisar de uma ajuda extra. Não é isto que os distingue de ser "bom" ou " mau".

O tempo é muito curto para se perder em "vergonhas" ou aceitações. É crucial para a criança ajudar no seu pico de desenvolvimento, sem dramas e dramatismos, e encarado apenas como algo que faça parte do crescimento pois são estas ferramentas que darão auto estima para um futuro complexo.

Mais que ouvir um pediatra, é importante ouvir o nosso coração e procurar ajuda sem vergonhas.




4 comentários:

  1. adoro a forma como a Andreia está atenta a todos os sinais dos seus filhos .Continue assim e Deus irá ajuda-la nesta linda tarefa.

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  2. Olá! E quais foram os sinais e dificuldades que efetivamente viu no Francisco? Obrigada!

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    1. Olá Miriam, dificuldade em concentrar-se na tarefa. Muito mexido. Busca constante em sensações: ão toque ou nos movimentos 😘

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